Cerca de mil médicos pediatras, neonatologistas e obstetras da Santa Casa, do Hospital Abelardo Santos e do Hospital de Clínicas Gaspar Vianna vão cruzar os braços amanhã. Também não farão plantões extras a partir de junho. A paralisação também deve atingir os ambulatórios dos três hospitais e serão suspensas as cirurgias eletivas, só serão atendidos os pacientes com alto risco.
Vinte médicos da Santa Casa estão dispostos a pedir exoneração, caso a situação não seja resolvida. Segundo eles, além da questão salarial, o hospital vive no limite da lotação. Bebês que deveriam ser internados na UTI são levados para a Unidade de Cuidados Intermediários porque os leitos da UTI são insuficientes.
No Hospital Abelardo Santos, o valor do plantão é de R$ 1 mil, sendo que nos demais, os profissionais recebem apenas R$ 385. A proposta do governo do Estado é de pagar R$ 800 e R$ 1 mil, dependendo da especialidade e da complexidade dos atendimentos.
Cabe perguntar: e a população, que não pode escolher dia e hora para sentir dor e adoecer, como é que fica?