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No embalo das posses dos cartolas do Remo e
Paysandu, um caruana traz aos meus
ouvidos saborosa história mocoronga,
que relato a meu modo por aqui. Ei-la:
De tão cordato que era, havia quem pensasse que o
poeta, historiador e compositor Wilson Fonseca torcia pelo São Francisco, um
dos times mais aguerridos da Pérola do Tapajós.

Pois bem. Certa vez, cartolas do Leão
santareno convidaram-no para uma visita de cortesia, às vésperas da inauguração
da sede própria do clube e lá instalaram-no, à guisa de grande honraria, na
principal cadeira da mesa de reuniões. Logo o diretor quis saber como o
cultuado artista se sentia no tão especial assento azulino. No que o saudoso maestro
Isoca, com serenidade proverbial, respondeu, na bucha, como diz o caboclo: “Como
um católico em igreja de evangélico
”.
Pano rápido. O time do coração de Isoca era
o São Raimundo Esporte Clube – o mesmo, aliás, do maestro Tinho, seu filho
caçula, José Agostinho da Fonseca -, e de cujo hino é autor, tanto da música
quanto da letra (1969), que diz assim: 
“Neste canto vibrante de fé,
Vamos todos com alma sincera
Levantar nosso brado, de pé,
Ao valente e altivo ‘Pantera’.

Os teus feitos te envolvem de glórias
Conquistadas por bravos, por
fortes.
Em tuas lutas se buscas
vitórias,
Tens por mira elevar os
esportes.

Estribilho

‘São Raimundo’ de raça, querido

Alvinegro que o povo quer bem,
Nos gramados tu és sempre
aplaudido
Pois teu nome traduz Santarém.”
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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