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Na semana passada, o secretário de
transportes do município de Santa Cruz do Arari, Luis Carlos Beltrão Pamplona
–  que é irmão do prefeito – assumiu toda
a responsabilidade pela matança de cachorros que chocou o mundo. Alegou – vejam
só – que os animais foram doados, conforme pedido de um morador daquela região,
e que tal doação teria sido feita por escrito (!).
Em seu depoimento ao MPE-PA hoje, o
prefeito Marcelo Pamplona também atribuiu ao irmão a culpa pelo ocorrido.
Mas o relato não convenceu o procurador
de Justiça Nelson Medrado, para quem tudo não passa de estratégia de defesa e
não condiz com todas as provas levantadas. A promotora de Justiça de
Santa Cruz do Arari, Jeanne Maria Farias de Oliveira, e todos os membros do MP
que atuam no caso também pensam que o prefeito deu a ordem e tinha pleno
conhecimento de toda a operação de captura e envio dos cães à região do
Francês, no arquipélago marajoara.
O Procedimento Investigatório Criminal está
encerrado. Após colher depoimentos de cidadãos e dos acusados, gravações de
entrevistas dadas à época pelo prefeito e seus auxiliares, o procurador Medrado 
reuniu amplo rol de provas de autoria e de responsabilidades e vai elaborar e oferecer a denúncia à Justiça. O inquérito civil terá ainda
prosseguimento, para colher mais informações que irão subsidiar a proposição da
ação civil pública, com a responsabilização dos envolvidos e o levantamento dos
danos ao erário.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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