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Para marcar os quinze anos de criação das Florestas Estaduais de Faro, Trombetas e Paru, da Estação Ecológica Grão-Pará e da Reserva Biológica Maicuru, na Calha Norte, hoje (4), o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) lançou o mapa geográfico das Áreas protegidas do Norte do Pará.

Em 2006, o então governador Simão Jatene instituiu mais de 12 milhões de hectares de Áreas Protegidas na Calha Norte, região que abriga o maior bloco de Unidades de Conservação, Territórios Quilombolas e Terras Indígenas do mundo. Um ano antes ele sancionou a Lei Nº 6.745/2005, do Macrozoneamento Ecológico-Econômico do Estado do Pará, para preservar e conservar amostras representativas dos ecossistemas com a biodiversidade englobada e os recursos hídricos, incentivar o desenvolvimento das atividades econômicas em bases manejadas, reduzir os conflitos fundiários e o desmatamento ilegal, entre outras zonas indicando as áreas para criação de Unidades de Conservação, reconhecidas na Lei Nº 7.398/2010, dispondo sobre o Zoneamento Ecológico-Econômico da Zona Leste e Calha Norte do Estado do Pará.

O Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) é responsável pela gestão de 27 Unidades de Conservação do Pará, onze delas de Proteção Integral, com 5.533.759,54 hectares, e dezesseis de Uso Sustentável, com 15.502.639,01 ha., somando 21.036.398,55 ha. ou 16,86% do território paraense, divididas por regiões administrativas: Belém, Xingu, Marajó, Nordeste, Mosaico do Lago de Tucuruí, Araguaia e Calha Norte I, II e III. As UCs são espaços terrestres e aquáticos que garantem a proteção de amostras representativas da biodiversidade da Amazônia, em especial da flora e da fauna ameaçadas de extinção no Pará.

O mapa permite visualizar cada UC, seus limites geográficos, formatos, rios, territórios indígenas, quilombolas, além dos recursos socioeconômicos da região. A Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará preside a Câmara de Compensação Ambiental, que define a destinação de recursos financeiros para as unidades de conservação oriundos de Compensação Ambiental, a partir do processo de licenciamento dos empreendimentos de significativo impacto ambiental. Atualizar o método de cálculo a fim de tornar os valores de compensação pelo menos proporcionais ao prejuízo causado pela instalação e operação desses empreendimentos é meta da Semas.

A Calha Norte envolve nove municípios e tem área equivalente ao estado de São Paulo. É a mais conservada do Pará, com biodiversidade, beleza cênica e recursos hídricos que precisam ser protegidos.

A Floresta Estadual de Faro abrange Faro e Oriximiná, tem 613.867,67 hectares de floresta nativa conservada, com rica biodiversidade de fauna e flora e ocorrência de espécies endêmicas. Sua área de abrangência se sobrepõe a Terras Indígenas e Territórios Quilombolas. Na Flota de Faro é possível fazer trilhas ecológicas, como a do Cumaru (5km), na comunidade do Português, e a da comunidade do Monte Sião (2,5km), além de pesca esportiva no período de seca do rio Nhamundá, de agosto a dezembro, e desova de quelônios (tartaruga e tracajá) ao final do mês de setembro.

A Floresta Estadual do Paru se espraia em 36.129,14 Km2 (3.612,914 hectares), em Almeirim, Monte Alegre, Alenquer e Óbidos, onde abriga rica diversidade de fauna e flora, além de paisagem exuberante do bioma Amazônia. Cerca de 96% de sua área é coberta por florestas bem conservadas. Banhos nas cachoeiras do Panamá, Bacuri e de Santo Antônio (esta com queda de 50 metros) e passeios nas corredeiras são as atividades de turismo ecológico mais comuns na Flota, onde também dá para contemplar árvores gigantes, como nos fascinantes castanhais, que garantem a subsistência das populações tradicionais extrativistas da região.

A Flota do Trombetas abrange Oriximiná, Óbidos e Alenquer, em meio a 3.172.978 hectares de floresta nativa conservada, o correspondente a 31.729,78 Km2. Compatibiliza a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais. Lá vivem populações tradicionais, é permitida pesquisa científica e visita pública condicionada às normas estabelecidas em seu plano de manejo e órgão gestor.

Já a Estação Ecológica Grão-Pará abrange Monte Alegre (3,44%), Oriximiná (75,89%), Alenquer (13,31%) e Óbidos (7,36%), ao longo de 4.245.819,11ha., e incorpora porções das bacias hidrográficas dos rios Maicuru, Curuá, Cuminapanema, Erepecuru, Trombetas e Mapuera. No município de Oriximiná limita ao Norte com Guiana (na TI Wai-Wai) e em Óbidos e Alenquer limita ao Norte com a TI Parque do Tumucumaque; ao Sul com a TI Trombetas-Mapuera, com a Flota de Trombetas, com a TI Zo’é e com a Flota Paru; a Leste com a TI Parque do Tumucumaque, em Oriximiná, e em Alenquer e Monte Alegre limita com a TI Rio Paru D`Este e com a Rebio Maicuru; e a Oeste limita com Roraima. É a maior UC de Proteção Integral de florestas tropicais do planeta.

A Rebio Maicuru tem mais de 1 milhão de hectares, foi criada com objetivo de preservar os ecossistemas naturais existentes e contribuir para a manutenção dos serviços ambientais e recargas de aquíferos, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades controladas de educação ambiental. Existe um Plano de Manejo, publicado e em vigor desde 2011. Nos estudos que antecederam o plano, foram registradas 88 espécies de peixes, 31 de anfíbios e 34 de répteis. Em 2012, a Rebio Maicuru passou a ser uma das Unidades de Conservação do Estado do Pará financiadas pelo Programa ARPA (Áreas Protegidas da Amazônia), do Ministério do Meio Ambiente.

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