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Em um combate com apenas 46 segundos de duração, a boxeadora argelina Imane Khelif venceu sua primeira luta nas Olimpíadas de Paris nesta quinta-feira contra a italiana Angela Carini, que abandonou a luta logo após alguns golpes e evitou cumprimentar a adversária, caindo em lágrimas no ringue. A atitude incendiou a internet com acusações da suposta condição de atleta transgênero de Khelif.

Ano passado, ela e a boxeadora taiwanesa Lin Yu-ting não atenderam aos testes de elegibilidade de gênero no Campeonato Mundial de Boxe Feminino em Nova Délhi. Na ocasião, oficiais esportivos alegaram que as boxeadoras falharam em um teste não especificado por possuírem cromossomos masculinos. Ela foi desclassificada do campeonato devido a níveis elevados de testosterona, mas a investigação do COI concluiu que ela deveria ser autorizada a competir e seu recorde competitivo relativamente modesto (14 lutas, nove vitórias, cinco derrotas) não sugere uma vantagem física esmagadora. As regras de elegibilidade de gênero nos Jogos Olímpicos não foram infringidas pelos níveis de testosterona de Khelif, uma vez que ela nasceu mulher. 

A boxeadora de 25 anos, sempre competiu como mulher, inclusive nas Olimpíadas de Tóquio. Carini justificou o fim precoce da luta devido a uma “dor severa” no nariz e afirmou não ter qualificação para decidir se Khelif deveria competir ou não. Ao contrário de alegações feitas online, ela não é uma atleta transgênero, não passou por nenhum procedimento e seu passaporte, emitido pela Argélia, lista seu gênero como feminino. Ela nasceu mulher, mas possui um distúrbio de desenvolvimento sexual (DSD), o que pode conferir-lhe cromossomos XY e níveis de testosterona semelhantes aos de um atleta masculino. O Comitê Organizador Olímpico (COI) confirmou que sua elegibilidade não é uma “questão transgênero”.

Foto: Instagram / Reprodução

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