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A semana começou ontem tragicamente, com a morte de dois jovens no Trevo do Peteca, na interseção da PA-481 com a PA-483, no município de Barcarena, onde fica o porto de Vila do Conde, o mais importante do Pará. O condutor de um veículo que trafegava da Vila dos Cabanos em direção a Abaetetuba, ao desviar de uma das imensas e incontáveis crateras da rodovia, perdeu a direção, capotou, atingiu um motociclista e ambos morreram na hora do violento choque. O carro incendiou e houve perda total. O Corpo de Bombeiros prestou socorro mas não conseguiu salvar as pessoas envolvidas no grave acidente. Naquele trecho trafegam nada menos que mil carretas por dia, e nenhuma é fiscalizada em balança. O excesso de peso destrói qualquer pavimento, e isso é do conhecimento geral, mas as empresas que são responsáveis pelo transporte das cargas não são cobradas pelo prejuízo material, muito menos pelas muitas vidas ceifadas por conta disso.

Além de ser ponto de acesso ao porto de Vila do Conde, o Trevo do Peteca também funciona como área de estacionamento para os caminhoneiros que aguardam os horários de embarque e desembarque de bauxita e minério de ferro, soja e milho e bois vivos, entre outros produtos que transportam.

Há dois anos o então secretário de Estado de Transportes Pádua Andrade assinou Ordem de Serviço para pavimentação da PA-483, incluindo o trecho do Entroncamento da Alça Viária e o Trevo do Peteca, no Km 4, até Vila do Conde. O contrato foi superior a R$ 15 milhões, mas tudo continua em péssimo estado. Buracos enormes e profundos, cobertos de lama, ficam invisíveis aos condutores de carretas, ônibus, vans, automóveis, motos e bicicletas, que se misturam em um cenário caótico na base do “cada um por si e Deus por todos”.

Barcarena tem três rodovias estaduais em seu território. (PA-483, PA-481 e PA-151). Caminhoneiros, moradores dos municípios de Barcarena, Abaetetuba e outros municípios da região tocantina, funcionários da Companhia Docas do Pará, além de comerciantes, prestadores de serviço e profissionais liberais como advogados, que trafegam regularmente pela rodovia, fazem constantes apelos ao Governo do Estado. A situação precária da PA-483 se intensifica no período de chuvas, o trânsito é engarrafado e o índice de acidentes fatais altíssimo. Populares colocam pedras nos buracos para tentar amenizar os danos. O Ministério Público precisa intervir antes que mais mortes aconteçam, e responsabilizar os que causam essa situação dramática.

Vejam a foto e vídeos.

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