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Os cerca de 500 trabalhadores rurais de vários municípios do oeste do Pará que ocupavam desde a terça-feira, 13, a rodovia Fernando Guilhon, em Santarém, que dá acesso ao aeroporto municipal Maestro Wilson Fonseca, liberaram hoje a pista, depois da garantia de que as reivindicações serão atendidas.
O protesto, liderado pela Comissão Pastoral da Terra, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santarém e Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Pará, chamou a atenção para a demora do Incra na regularização de assentamentos na região.
Até amanhã, o Incra deverá corrigir as pendências nos processos de licenciamento na Secretaria de Estado de Meio Ambiente, que assumiu o compromisso de finalizar os 35 processos em análise no prazo de 30 dias.
No próximo dia 21, Incra, Fetagri e Sema tratarão dos 16 processos indeferidos e já ficou acordado que os licenciamentos serão monitorados em reuniões periódicas entre Fetagri e Sema.
Até o fim de outubro, o Iterpa criará o PEAEX Mariazinha e enviará para a Sema o pedido de licença da Gleba Nova Olinda/Santarém. Ideflor e Iterpa trabalharão na elaboração e publicação de um decreto reservando para uso das comunidades tradicionais a área Maró (Gleba Nova Olinda). A Funai deverá se posicionar acerca dos indígenas dessa área.
Por sua vez, a Fetagri ficou de repassar as demandas dos assentamentos da região oeste ao Programa Campo Cidadão, devendo negociar com Sagri, Sepof e Sefa.
A negociação envolveu também o repasse imedito de R$ 500 mil para a rodovia Transgarimpeira, através de convênio do Programa Caminhos da Parceria, e R$3 milhões para a Transuruará. A Setran vai receber a Fetagri para discutir o Plano Operacional das Obras da Transgarimpeira, Transuruará e outras estradas estaduais. Será criada uma comissão para negociar com Celpa e Eletronorte as demandas do Programa Luz para Todos na região.
Foi acertado, ainda, que no próximo dia 19 uma reunião do Incra nacional, ICMBIO, Funai e Ministério da Justiça discutirá o PDS Nelson Oliveira, o PDS Terra Nossa, renegociação das dívidas, solução para o conflito de Cachoeira Seca, e tratará com o ICMBIO sobre os 16 processos de licenciamento ambiental de assentamentos que dependem de posicionamento do órgão.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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