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O secretário de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia, Adnan Demachki, deixou claro hoje à Associação dos Terminais Portuários e Estações de Transbordo de Cargas da Hidrovia do Tapajós (ATAP), que a verticalização  é a principal condicionante para a concessão da licença ambiental dos portos no distrito de Miritituba, município de Itaituba, no Oeste do Pará.
“Estamos abrindo o debate com os exportadores, que são muito bem-vindos ao Estado. Queremos contribuir para que eles exportem, mas parte dessa soja precisa ser processada aqui no nosso Estado, gerando óleo e, sobretudo, proteína animal – frangos e suínos, para gerar empregos e riqueza no Pará, que festeja a implantação das Estações de Transbordo de Cargas do Tapajós, para que possamos ser um corredor de exportação de soja do Mato Grosso. Mas não somente corredor de exportação. Queremos contribuir com a mobilidade da produção de soja nacional, mas queremos partilhar dessa riqueza. Não podemos festejar colocar esses 30 milhões de toneladas de soja dentro de navios e mandar “in natura” essa valiosa matéria-prima. Essa conta não pode ser só nossa”. Nova rodada de negociações está marcada para o próximo dia 12, em São Paulo, dessa feita com
os presidentes das empresas e o governador Simão Jatene. 


Na cadeia de produção do alumínio, a empresa Alloys Pará está em fase de licenciamento para implantar unidades fabris que produzirão perfis e esquadrias de alumínio, rodas para bicicletas, motos e outros itens.
Na cadeia do ferro, o protocolo assinado entre governo do Estado, Vale e Cevital viabilizará a implantação da sonhada siderúrgica em Marabá. 



Uma decreto que está sendo gestado vai redesenhar a política de incentivos fiscais para as indústrias de açaí, a fim de que o Estado deixe de exportar polpa e industrialize o fruto.


Demachki observa que cada 1 milhão de toneladas de soja verticalizada, com a produção de óleo, suínos e aves gera 7.500 empregos.
‘’Verticalizar é gerar mais emprego e renda no Pará e os melhores empregos estão na segunda e terceira etapa da cadeia, justamente aquela que produz produtos com valor agregado”, reforça.



Adnan cumpre papel fundamental, ainda mais em tempos de crise econômica: ao invés de se limitar a atividades burocráticas e aos escassos recursos dos cofres estaduais, articula a política de industrialização dos segmentos econômicos no Pará e age para atrair novas oportunidades de negócios. É isso. Quem sabe faz a hora. O ideal é que todos os secretários tenham esse perfil, deixando para os adjuntos o dia-a-dia administrativo. O raciocínio é muito simples: sem recursos não é possível construir obras e gerar emprego nem distribuir renda. E se as necessidades se multiplicam, não dá para ficar parado esperando a morte chegar.

Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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