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Vejam só: a estudante do 8º semestre do curso de Engenharia Florestal Universidade Federal do Oeste do Pará, Brenda Letícia Rodrigues, desapareceu durante uma aula prática na Floresta Nacional do Tapajós, na tarde da sexta-feira passada(1º de abril de 2016), quando atuava como monitora de duas equipes. Só foi localizada no dia seguinte, por volta das 9:30h, quando conseguiu chegar à guarita da Flona, no Km 72 da BR-163, a Santarém-Cuiabá. 

A turma, integrada por 34 estudantes, chegou ao local na quinta-feira, 31 de março, pela manhã, e se dividiu em sete grupos distribuídos nas linhas de inventário florestal, previamente identificadas, abertas na floresta a uma distância de 50 metros umas das outras. Em todas as equipes havia um manejador experiente da Cooperativa Mista da Flona Tapajós (Coomflona). Brenda, como monitora da disciplina de Inventário Florestal, acompanhava duas equipes, devido à experiência que adquiriu participando das aulas de campo e das pesquisas que realiza no Laboratório de Manejo de Ecossistemas Florestais. A estudante, inclusive, exercera a mesma função na terça-feira (29) anterior. 

O Instituto de Biodiversidade e Florestas da Ufopa divulgou nota esclarecendo que as aulas práticas do curso de Engenharia Florestal são precedidas de orientações sobre segurança na floresta e os alunos só entram naquele local se estiverem portando seus equipamentos de proteção individual (EPI). A ida até a Flona por alunos do curso é constante: nove disciplinas do curso realizam atividades práticas naquele local. 

A graduação em Engenharia Florestal foi implantada em Santarém em 2003 pela Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) e incorporada à Ufopa em 2009. Em dez anos de aula prática na Flona, este foi o primeiro caso registrado de desaparecimento de um discente durante uma atividade de campo. A sorte é que a universitária soube usar direitinho seus equipamentos e se virar sozinha, nem precisou de resgate. Será uma competente engenheira florestal, certamente. Que aula!
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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