Publicado em: 8 de fevereiro de 2014
Acabo de receber atencioso telefonema do médico anestesiologista Dr. Mário Fascio, diretor do Hospital Ofir Loyola, explicando que, de fato, o HOL estava superlotado, por isso não podia internar mais ninguém; mas, hoje de manhã, com a alta de uma servidora, o leito vago já está preparado para receber a paciente Maria da Conceição Rodrigues Ferreira, de Abaetetuba, em situação crítica, conforme descrito no posts Paciente com câncer sem leito no HOL e Onde os fracos não têm vez. A família dela já foi contactada e uma ambulância a transportará para Belém. Obrigada e parabéns ao Dr. Mário Fascio que, de modo simples, reconheceu e explicou as dificuldades do HOL (cujo presidente, Dr. Vítor Moutinho, operou nesta semana uma hérnia de hiato) e se colocou à disposição para tentar resolver as urgências, dentro de suas possibilidades, ao contrário da postura arrogante e desumana da Sespa.
Um dos maiores dramas do Hospital Ofir Loyola é a falta de atendimento aos pacientes de iodoterapia, já que os quartos de necessário isolamento estão interditados há meses por causa de problemas nos processos licitatórios, que esbarram na obrigatoriedade de primeiro chamar as pequenas e médias empresas – e na incapacidade destas de executar o serviço, que exige, por exemplo, a aplicação da substância barita, para proteção radiológica das salas – e que por isso se prolongam indefinidamente. A questão, que foge à governabilidade do HOL e que não é assumida pela Sespa, é o dever de o Estado garantir o tratamento em hospitais particulares, enquanto não for capaz de proporcionar o atendimento direto. E isso vale, é óbvio, para a quimioterapia, a radioterapia e hemodiálise. Afinal, os pacientes não podem ficar entregues à própria sorte, sob risco de morte iminente por desassistência, por conta de entraves burocráticos.









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