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O drama das dinamarquesas Angelina Maalue Avalon Mathieses e Lisbeth Markussen, que fugiram para o Brasil com os respectivos filhos e agora são procuradas pela Interpol, desaguou hoje na Alepa. Elas foram lá, acompanhadas  pela advogada Luanna Tommaz, pedir apoio do Legislativo parauara ao requerimento de refúgio perante o Comitê Nacional de Refugiados, do Ministério da Justiça. O pedido das duas é fundamentado na violação de direitos humanos, por violência doméstica. Se o Brasil reconhecer essa condição, será o primeiro caso nacional. O presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputado Carlos Bordalo, recebeu as duas estrangeiras e se colocou à disposição para ajudar no processo e também ofereceu a estrutura da Alepa para a emissão de documentos a ambas e às crianças. 

As dinamarquesas conseguiram habeas corpus e agora podem evitar a prisão, pelo menos até que o pedido de refúgio seja apreciado.
Angelina é mãe de Aia Sofia com Peter Alexander Lawaetz, e também de Leonardo, cujo pai é Vladimir Valiant Todorovski. Após acusar Peter de agressão, e Vladimir de ter abusado sexualmente da enteada, a justiça da Dinamarca decidiu que as crianças deveriam ficar com seus pais enquanto o processo tramitasse na justiça.
Assim como Angelina, Lisbeth também denuncia que fugiu com os filhos por sofrer agressões.  

Segundo Luanna Thomaz, Angelina e Lisbeth fugiram para o Brasil por se sentirem desamparadas pela lei da Dinamarca. Elas pesquisaram pela internet e assim souberam da Lei Maria da Penha. Por acreditarem que aqui estariam protegidas pela legislação, escolheram o país. Elas contaram que querem ficar no Pará, gostam muito daqui e das pessoas, as crianças se adaptaram bem e só desejam ter uma vida normal, com segurança. 
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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