Até esta sexta-feira, 6, representantes de organizações da sociedade civil, indígenas e povos tradicionais do Pará participam da Oficina Diálogos da Sociobioeconomia, em Belém, no Hotel Sagres, das 8h às 17h, a fim de contribuir com o Plano Nacional da Sociobioeconomia. Entre os parceiros do evento está o Projeto Floresta+ Amazônia, que atua em todos os estados da região. A etapa paraense é a última de outras cinco oficinas regionais que vêm discutindo desde o início de agosto o plano com a participação de especialistas e representantes da sociedade civil que atuam nos biomas brasileiros, de norte a sul do país. Durante a programação, os participantes acessam o histórico da construção dos marcos legais da sociobioeconomia, além de conhecer e apresentar sugestões para os eixos temáticos do Plano e para as propostas dos chamados Territórios da Sociobioeconomia e dos Polos Biossociais.
A Estratégia Nacional de Bioeconomia destaca, entre outras ações, a promoção das economias florestais e da sociobiodiversidade, a partir da identificação, da inovação e da valorização do seu potencial socioeconômico, ambiental e cultural. Prevê a ampliação da participação nos mercados e na renda dos povos indígenas, das comunidades tradicionais e dos agricultores familiares, ou seja, busca promover a garantia de renda e a sobrevivência econômica alinhada à sustentabilidade ambiental.
Além da coordenação do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, por meio da Secretaria Nacional de Bioeconomia, os Diálogos da Sociobioeconomia têm como parceiros o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a The Nature Conservancy, a Agência de Cooperação Alemã GIZ, o UK Pact e o Green Climate Fund (Fundo Verde para o Clima – GCF).
O Plano Nacional da Sociobioeconomia desempenha papel importante na mitigação das mudanças climáticas, pois promove o uso sustentável dos recursos naturais, reduzindo a pressão sobre os ecossistemas e incentivando a regeneração das florestas. Esse enfoque é especial para os biomas como a Amazônia, o Cerrado e a Caatinga, onde a conservação dos recursos naturais é essencial para a manutenção dos serviços ecossistêmicos que suportam a vida em todo o planeta.
Até 2026, o Projeto Floresta+ Amazônia vai investir 96 milhões de dólares nos estados amazônicos, através de ações e incentivos financeiros, com pagamentos por serviços ambientais e a execução de projetos que beneficiarão diretamente as comunidades locais.
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