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Hoje, 125 anos após a abolição da escravatura no País, e
embora haja avanços, o Brasil ainda está longe de ser uma nação livre de
desigualdades raciais e, principalmente, sociais. Apesar dos melhores níveis de
escolaridade e renda da população negra nas últimas décadas, a presença de
pretos entre ocupações de menor renda persiste.
O trabalho escravo persiste como chaga social, principalmente no
Norte-Nordeste, onde pessoas são iludidas e levadas para trabalhar e já chegam
com dívidas que o salário precário não consegue pagar e endividam-se mais para
comer. Alguns apanham. São os escravos contemporâneos. E 81% deles são “não
brancos”, aponta pesquisa encomendada pela Organização Internacional do
Trabalho (OIT) e realizada pela UFRJ. Segundo o estudo, que entrevistou
trabalhadores em condições análogas à escravidão, resgatados por operações de
fiscalização do Ministério do Trabalho e do MPT, um quinto dos resgatados é da
cor preta, e 62%, pardos. O porquê é um
belo motivo para reflexão neste 13 de maio.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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