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Quero avisar a todos os interessados que o livro “Crônicas da Cidade Morena 4”, lançado sob os auspícios da Lei Aldyr Blanc, através da Secretaria de Estado de Cultura do Pará já está à disposição dos leitores na Livraria Fox. É uma grande alegria para mim, com este lançamento, chegar ao quarto volume dessas crônicas que me deixam feliz, com algumas tendo sido postadas no Facebook. Antes, outras foram publicadas em um jornal onde escrevia uma vez por semana. Elas serviram de um ótimo exercício para um escritor, meramente pelo compromisso, o deadline cobrado pelos editores. Curiosamente, duas ou três acabaram fazendo parte de meu último romance, “BelHell”. Estava naquele período em que escritores ficam debruçados sobre uma obra e o deadline chegando. Precisava sair para almoçar, o que fazia em um restaurante na Manoel Barata, de meu amigo Paulo, Restaurante da Palmeira, em homenagem à grande panificadora que anos atrás ocupou todo o quarteirão hoje transformado em estacionamento. Decidi escrever sobre meu percurso e lá pelo meio, irresistível, passei a contar que fui abordado por meus amigos lavadores de carro e até por Dona Fátima, garçonete do restaurante sobre alguém que desejava falar comigo. Continuou por umas duas semanas e os leitores ficaram interessados. Considerei que isso podia valer como um aviso que um livro novo estava chegando. Depois, travei debate com a Boitempo se devia ou não incluir as crônicas, como um prólogo, o que acabou acontecendo. Crônicas são sempre leves, recortes do cotidiano, lembranças ou detalhes bem humorados. Quando comecei a escrevê-las na maioria eram causos, estórias engraçadas. A partir do segundo volume, ficaram mais densas, românticas; veio o terceiro volume e agora o quarto. Relendo esses trabalhos, percebi, também, o quanto revelei de minha vida e de meus sentimentos e opiniões sobre acontecimentos do dia a dia. Sempre com o deadline próximo, você escreve sobre o mês de junho lembrando das festas da infância, da mãe que fazia aniversário e animava a todos. Do natal. Das férias, enfim. Tive uma infância muito rica e acho mesmo que mantendo uma certa ingenuidade e até mesmo a essencial curiosidade, me fizeram escrever. Também um refresco entre meus romances que se baseiam em acontecimentos fortes, com cenas de violência e um estilo de frases curtas e nervosas. Uma amiga que escreve me enviou um texto sobre os momentos finais de uma mãe, preocupada com os filhos. Me emocionou. Procurei e achei algo que escrevi quando minha mãe faleceu, crônica com o título “Ela não mora mais aqui”. Novamente pensei no tanto que abri o peito e revelei meus sentimentos, sem pensar se os leitores, em uma sexta feira, dia em que era publicada, queriam ler algo triste, ao invés de texto leve, bem humorado, em um dia em que fazemos planos para o final de semana. Está tudo lá em “Crônicas da Cidade Morena 4”, com editoração e prefácio de meu amigo Marcos Quinan, ele próprio relançando seu primeiro romance, “Sertão de São Marcos”, excelente, também na Fox. Também lançarei, mas em agosto,  um livro contendo sete peças teatrais de autoria de meu avô, Edgar Proença, que descobri acidentalmente. Elas foram digitalizadas pela professora Bene Martins e sua equipe, da Escola de Teatro da Ufpa. Foram escritas ali pelas décadas de 30 e 40 e considero muito interessante, para pesquisadores. Meu avô foi um craque. Rádio, Jornal, Literatura e Teatro. O design é de minha sobrinha Camilla Proença e assim que estiver na livraria, também aviso. Espero que gostem.

*O artigo acima é de total responsabilidade do autor.

Edyr Augusto Proença
Paraense, escritor, começou a escrever aos 16 anos. Escreveu livros de poesia, teatro, crônicas, contos e romances, estes últimos, lançados nacionalmente pela Editora Boitempo e na França, pela Editions Asphalte. Foto: Ronaldo Rosa

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