0

Essa história de embargar obras públicas por “indícios de irregularidades” precisa acabar, antes que acabe com o Brasil. O próprio presidente do TCU, ministro Ubiratan Aguiar, e o chefe da CGU, ministro Jorge Hage, reclamam da falta de critérios para decidir a paralisação de obras e também entendem que essa sanção só deveria atingir as que apresentem inviabilidade técnica, se mostrem desnecessárias, sem licença ambiental, e cuja continuidade signifique maior prejuízo do que a interrupção.

Paralisar obras públicas é endossar oficialmente o superfaturamento e a corrupção. Há políticos e lobistas especializados na retomada delas, mediante régia compensação para os seus bolsos. Du-vi-do que me apontem um só caso de obra embargada pelo TCU cuja continuidade não tenha implicado multiplicar os preços pagos às empreiteiras. Para não ir muito longe, é só fazer as contas do Sistema de Transposição de Tucuruí (eclusas e canal intermediário). Sem falar no imenso e irreparável custo social e econômico para o Estado e a população.

Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

Praça da Juventude

Anterior

Crônica da aliança anunciada

Próximo

Vocë pode gostar

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *