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É muito grave a situação das crianças renais crônicas que precisam fazer transplante renal pelo SUS. No último dia 17 foi perdido um rim que seria doado a uma pequenina porque o Hospital Ofir Loyola não deu o suporte necessário à realização da cirurgia. A UTI pediátrica simplesmente foi desativada no hospital, o que acarreta consequência desastrosa para as 28 crianças que fazem hemodiálise na Santa Casa, parte delas sem a menor possibilidade de ir fazer transplante em outro Estado, visto que o TFD – Tratamento Fora de Domicílio – não está pagando os custos desses deslocamentos. A maioria das Secretarias de Saúde atrasa o pagamento mensal e outras só pagam as passagens, assim inviabilizam a ida das crianças para outro centro transplantador devido ao elevado custo financeiro. A diária do TFD é de míseros R$24,79 por pessoa (renal crônico).

Dois quartos do Ofir Loyola estão interditados para reforma há mais de três meses e permanecem fechados porque o hospital não pagou a empresa responsável pela obra. Os quartos ainda não estão acabados. Uma enfermaria com três leitos está fechada porque não tem ar-condicionado e as paredes estão com mofo, não sendo possível colocar os pacientes lá, já que eles não têm resistência a qualquer tipo de bactéria e fungo. Na sexta-feira passada, quando da realização de quatro transplantes, foi um corre-corre para não perder os órgãos. 

O blog ouviu o HOL e a Secretaria de Comunicação do Estado a respeito de todas essas circunstâncias. Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde Pública limitou-se a informar que “está concluindo os procedimentos necessários para transferência dos serviços de transplantes infantis para instituições de saúde do Estado. A Sespa ressalta ainda que, quando ocorrem impedimentos de realização de transplante, nenhum órgão é perdido. Eles são encaminhados para aproveitamento em outros centros de transplante.” Nem uma palavra a respeito das instalações do HOL e da questão da assistência às crianças que são pacientes renais crônicas.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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