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A situação na região de Mata Preta, no município de Anapu,  oeste do Pará, é muito grave. A procuradora da República dos Direitos do Cidadão, Deborah Duprat, requereu ontem ao Ministério da Justiça e da Cidadania o deslocamento para lá de integrantes da Força Nacional, em caráter de urgência, com objetivo de  conter a violência na área – alvo de disputa entre trabalhadores rurais e supostos proprietários. De acordo com a Ouvidoria Agrária, há um quadro de  conflito armado, com presença de pistoleiros e ameaças a famílias de lavradores para que deixem as terras que ocupam, sem mandado judicial de reintegração de posse. A Secretaria de Estado de Segurança Pública reforçou o policiamento na área, que é um verdadeiro barril de pólvora prestes a explodir.

Anapu é tristemente famosa pela luta sangrenta pela terra, que vitimou, entre outros, a missionária Dorothy Stang, assassinada por encomenda há 11 anos, em 12 de fevereiro de 2015, no mesmíssimo local, a gleba pública federal Bacajá, onde estão os lotes ocupados há mais de 10 anos pelas famílias ameaçadas. Só do ano passado para cá seis pessoas foram mortas em meio às disputas fundiárias locais, conforme denúncias da Comissão Pastoral da Terra, da CNBB Norte II.

Acessem a íntegra da solicitação do Ministério Público Federal aqui.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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