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Há exatos nove anos o Carimbó foi declarado Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, registrado pelo Iphan em 11 de setembro de 2014. Nesta segunda-feira, 11, o Coletivo Pulsar Marajoara publicou nas redes sociais um apelo aos governos federal, estadual e prefeituras, no sentido de amparo permanente aos mestres de carimbó, que sobrevivem em situação de vulnerabilidade até mesmo suas necessidades básicas e mesmo assim nutrem com conhecimentos ancestrais as suas comunidades, de forma ininterrupta.

O coletivo lembra, a título de exemplo, que a lei 13.351/2003 há vinte anos permite o registro e auxílio financeiro aos mestres da cultura tradicional popular do estado do Ceará e em 2006 foi ampliada pela lei nº 13.842, que incluiu as coletividades e grupos.

Projeto de lei federal, do então deputado federal Edmilson Rodrigues, hoje prefeito de Belém, tramita desde 2011 na Câmara dos Deputados, dispondo sobre o reconhecimento e auxílio aos mestres da cultura popular. Trata-se do PL nº 1176/2011, que institui o Programa de Proteção e Promoção dos Mestres e Mestras dos Saberes e Fazeres das Culturas Populares, e até hoje vem sendo sobrestada.

O carimbó precisa de reconhecimento dos poderes públicos responsáveis por sua preservação, isso inclui o reconhecimento dos mestres e mestras como trabalhadores e trabalhadoras, que precisam ter contrapartida ao trabalho que executam, incentivos financeiros reais, a fim de que consigam pelo menos se manter com dignidade. A realidade é de abandono em que se encontram muitos mestras e mestres da cultura popular, como os do carimbó. Há alguns meses, o Brasil assistiu a um relato emocionadíssimo de um mestre muito querido em um evento da campanha presidencial, fazendo exatamente o mesmo apelo. O carimbó é feito diariamente nos quintais, barracões, nas ruas, nos centros comunitários onde vivem os mestres. 

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