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Foto: Ascom TRT8
A presidente do TRT8, Desembargadora Odete de Almeida Alves, assinou hoje de manhã Termo de Compromisso com a Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 8ª Região, Escola Judicial do TRT8, Federação Paraense de Futebol, Clube do Remo e Paysandu Sport Club, destinado a desenvolver, em âmbito regional, a Campanha “Cartão Vermelho ao Trabalho Infantil”. 


A juíza titular da 5ª VT de Belém, Zuíla Lima Dutra, membro da comissão nacional e gestora regional do programa de combate ao trabalho infantil, comentou a gravidade dessa chaga social em todo o País, adiantou que o trabalho será muito longo e árduo e festejou a parceria. “Com este gesto inédito no futebol brasileiro, Remo e Paysandu estão mostrando que é possível ser solidário na diversidade. Temos certeza de que a partir de agora as torcidas também estarão unidas por esta causa nobre, que é de todos nós e representa o futuro da sociedade e do Brasil”, salientou. 


Tanto o Paysandu quanto o Remo, em seus próximos jogos, darão o pontapé inicial à campanha, com os jogadores entrando em campo com uma faixa dando “Cartão Vermelho ao Trabalho Infantil”. O presidente do Paysandu, Wandick Lima, abriu as portas do clube: “estamos abraçando esta causa e colocando todas as nossas dependências e o que precisar para que a gente consiga pelo menos diminuir esse tipo de escravidão que existe”. O vice-presidente do Clube do Remo, Marco Antônio Pina de Araújo, também mostrou entusiasmo: “É uma causa nobre, que até onde sei é uma iniciativa inédita no Brasil e o clube está de portas abertas para que esta campanha seja mais e mais divulgada.” 


A campanha será estendida aos demais times do interior do Estado, pela Federação Paraense de Futebol, conforme afirmou o presidente Antônio Carlos Nunes. “Nós abraçamos a campanha, temos um alcance muito grande e uma ligação direta com os clubes do interior e vamos passar isto para eles, pois é importante levar esta mobilização a todos os lugares, para que a população em geral possa se conscientizar. A Federação está satisfeita em participar desta grande marcha na tentativa de erradicar o trabalho infantil”. 


Como apoiadores, a EJUD8 e a Amatra8 também estiveram presentes na assinatura do Termo. O diretor da Escola, Desembargador Francisco Sérgio Rocha, destacou que a iniciativa traça o caminho para colocar a criança no lugar correto, não no trabalho, mas no lazer. Para a juíza Claudine Rodrigues, presidente da Amatra8, esta “é uma causa nobre e a associação está à disposição na luta pela erradicação do trabalho infantil, para todos os parceiros, para dar suporte no que for necessário nesta luta”. 


A Desembargadora Odete de Almeida Alves recordou que o TRT8 celebrou, em julho, Acordo de Cooperação Técnica com o TJE-PA, que também está engajado na luta. “Isso mostra que o Poder Judiciário está tomando uma atitude. É muito bom que se traga dois clubes tidos pela sociedade como rivais, e que estão aqui num objetivo só, é bom que o público veja que estão juntos trabalhando numa mesma causa. É preciso lembrar que a criança de hoje será o adulto de amanhã, será um representante da sociedade, e tanto melhor ela será se for orientada desde cedo, sabendo que ela não é explorada e aprendendo que ela não pode explorar”.


A juíza titular da 2ª VT de Belém, Vanilza Malcher, destacou que o TRT8 segue no envolvimento de mais parceiros, inclusive junto aos magistrados e servidores, que aderiram à campanha de forma inusitada, fazendo fotos empunhando o “Cartão Vermelho ao Trabalho Infantil” e alterando as suas fotos de perfil nas redes sociais com o mote da campanha, que é “Neste jogo somos todos juízes! Dê Cartão Vermelho ao Trabalho Infantil“. A OAB-PA já foi contactada e sinalizou que também será parceira da campanha.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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