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Azulejos personalizados feitos em Portugal e doados à Associação Cidade Velha-Cidade Viva (Civviva), presidida pela ativista Dulce Rosa Rocque, foram concedidos aos ganhadores do Prêmio Carlos Rocque de Reconhecimento Cultural, direcionado a cidadãos defensores do patrimônio cultural do Pará. Os contemplados são os fotógrafos Celso Abreu e Marcos André Costa e a ativista cultural Tainá Marajoara, cujos méritos foram destacados pela professora Goretti Tavares, o chef Fábio Sicília e a própria Dulce Rosa Rocque. Celso Abreu é servidor público estadual, graduado em administração, com especialização em Educação Ambiental no Núcleo de Meio Ambiente da UFPA e Gestão Pública pelo NAEA – Núcleo de Altos Estudos Amazônico. Suas fotos têm publicação em blogs, livros e revistas. Seus trabalhos acadêmicos sobre as obras do arquiteto Antônio Landi em Belém alcançaram repercussão internacional. Marcos André Costa fotografa o Roteiro Geo-Turístico (projeto de extensão do curso de Geografia da UFPA, coordenado pela professora Goretti Tavares), é especialista em Planejamento e Gestão do Turismo e do Lazer (NAEA/UFPA), bacharel em Turismo e coralista do Coro Lírico do Festival de Ópera do Theatro da Paz, regido pelo maestro Vanildo Monteiro, e do Coro Carlos Gomes, regido pela maestrina Maria Antônia Jimenez.
Músicas dos maestros Isoca, Waldemar Henrique e Jayme Ovalle foram interpretadas pela cantora lírica Gabriella Florenzano, acompanhada pela pianista Leandra Vital, em noite que incluiu uma verdadeira aula de História do Pará, ministrada pelo professor Carlos Zacca, que contou um pouco da história de Carlos Rocque.

A degustação de delícias parauaras em cuinhas com feijão manteiguinha de Santarém, farofa de aviú,  pupunhas e piquiá, doces de cupuaçu com pimenta, beiju moreno, queijo do Marajó e sucos de goiaba e taperebá foi uma atração à parte.  O projeto Cata, de Tainá Marajoara e Carlos Ruffeil, já mapeou a cultura alimentar tradicional nos cinco biomas do Pará junto aos povos e comunidades tradicionais, indígenas, ribeirinhos, mestres queijeiros de produção de leite cru, mestres de farinha e outros de cultura alimentar. O coquetel foi oferecido por Fábio Sicília, que é presidente da Abrasel, e elaborado pelo Instituto Iacitatá, de Tainá Marajoara e Carlos Ruffeil.
O professor Carlos Zacca falou sobre a vida e o legado de Carlos
Rocque(1938-2000), alcunhado “Repórter da História”:  com apenas o ensino médio, foi 
jornalista, contista
e romancista, estruturou enciclopédias e deixou importante produção histórica.
Era membro da Academia Paraense de Letras.  P
residiu a Paratur e inaugurou o Museu do Círio e o Parque Ecológico da Companhia Paraense de Turismo. Concebeu o marco ao Sesquicentenário da Cabanagem e secretariou a comissão responsável pela construção do memorial projetado por Oscar Niemeyer, no Entroncamento, em Belém. Também foi secretário executivo da comissão
responsável pelo traslado dos restos mortais do intendente e senador Antonio
Lemos para Belém em 1973. Foi, ainda, secretário executivo da comissão do centenário de nascimento do
ex-governador Magalhães Barata (1988). E acaba de ser nomeado patrono de cadeira no IHGP – Instituto Histórico e Geográfico do Pará.
Personalidades do meio cultural prestigiaram o evento, no Centro Cultural do Carmo.

Parentes de Carlos Roque. Fotos de Jean Brito.

Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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