0

O bairro do Benguí esteve em festa neste domingo, na inauguração da duplicação e requalificação da Av. Padre Bruno Sechi, antiga Rua Yamada. Para marcar a entrega oficial, houve um passeio ciclístico por toda extensão da via, iniciando na rodovia Tapanã, no sentido da Av. Centenário. Responsável pela obra, o Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano do Governo do Pará modernizou a rodovia, pela qual transitam diariamente cerca de meio milhão de pessoas da Região Metropolitana de Belém. As obras envolveram drenagem, duplicação, pavimentação, calçadas com acessibilidade, ciclofaixa, sinalização vertical e horizontal, nova iluminação pública e urbanização ao longo de 4,2 km, interligando a Rodovia Tapanã à Avenida Centenário.

“Tive o prazer de participar, junto com o governador Helder Barbalho, da entrega da nova Av. Bruno Sechi aos moradores do nosso querido Benguí. Deu gosto ver a população feliz com a nova via duplicada, pavimentada, sinalizada e iluminada e também com uma ciclofaixa, inclusive dois sonorizadores a cada 50 metros e 100 m antes para alertar os condutores, uma medida que protege vidas. A obra – que estava parada até 2019 – traz mais trafegabilidade e qualidade de vida para quem vive na Região Metropolitana de Belém. Isso melhora a mobilidade urbana, o trânsito que é estressante para muitos. Agora existe uma alternativa para quem vem da Av. Augusto Montenegro ao centro de Belém, pela Av. Arthur Bernardes, interligando ainda com a Av. Independência. Este é um trabalho do governo, mas para o qual a Alepa colabora ativamente”, disse o presidente da Alepa, deputado Chicão.

Ao longo de quase 400 metros, os muros da avenida Padre Bruno Sechi ganharam nova paisagem com desenhos feitos por artistas do bairro. A ideia de ocupar o espaço com intervenção artística é uma forma de contribuir para a urbanização da principal via de acesso ao Benguí, assim como valorizar profissionais do grafitti que atuam na área. O diretor geral do NGTM, engenheiro Eduardo Ribeiro, enfrentou o desafio de realizar uma obra desse porte em área densa e ocupada: “E nas áreas remanescentes, percebemos que elas poderiam ser aproveitadas para a comunidade. Daí surgiu a ideia de urbanizar essas áreas e abrir aos artistas do bairro para essa manifestação deles através da grafitagem nas paredes dos vizinhos, em parceria com os moradores e o coletivo de artistas que desenvolve o Projeto “Bengola em Cores”, criando uma galeria de arte a céu aberto com o objetivo de trazer a arte para dentro da comunidade”.

O Padre Bruno Sechi, criador da República do Emaús, morreu em 2020 aos 80 anos, em Belém, por complicações da Covid-19. Era italiano e atuou em várias paróquias da Arquidiocese de Belém, como a de Santa Maria Goreth, no bairro do Guamá, e quando faleceu exercia sua missão na Paróquia São João Paulo II, no bairro do Curió-Utinga. Padre Bruno era muito respeitado, admirado e amado pelos fiéis e ganhou destaque pelos programas sociais que idealizou para proteger a infância e adolescência nos bairros periféricos. O sacerdote atuou muitos anos na Escola Salesiana do Trabalho e fundou o Movimento República de Emaús. Na década de 1980, Padre Bruno ganhou destaque planetário participando das ações políticas no Brasil que culminaram na criação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

PMs salvam bebê que estava asfixiada

Anterior

Liberação parcial da ponte do Outeiro

Próximo

Você pode gostar

Mais de Notícias

Comentários