A imagem usada pelo advogado do ex-deputado federal Jader Barbalho, Sábato Rossetti, ontem, em entrevista ao Diário do Pará, de que o cacique peemedebista “está de chuteiras, na beira do campo, em pleno aquecimento para o caso de haver nova eleição”, é no mínimo temerária. Remete às palavras de Almir Gabriel em 2006. Deu no que todo mundo sabe.
A estratégia de nova renúncia de Jader, a fim de tentar se recolocar no cenário político, é uma manobra arriscadíssima, mas coerente com a delicada situação que enfrenta.
Fragilizado com a derrota eleitoral e com o fato de ter caído em desgraça perante Lula e Dilma, além do que o fogo amigo de Michel Temer pode queimá-lo de vez, Jader passou da condição de noiva cobiçada à agonia de esperar um chamado do governador eleito Simão Jatene, a fim de abocanhar o quinhão na máquina administrativa de que precisa para se manter na ativa.
Duvido muito que o TRE-PA julgue o pedido de anulação das eleições para o Senado no Pará, antes da diplomação de Flexa Ribeiro (PSDB) e Marinor Brito (PSOL). Muito menos que decida favoravelmente ao pleito. A conferir.
Comentários