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O Dia Estadual da Comunidade Luso-Brasileira, no Pará, Dia de Portugal, Dia de Camões e Dia das Comunidades Portuguesas – 10 de junho – foi celebrado antecipadamente em sessão especial da Assembleia Legislativa, fruto de iniciativa do presidente da Casa, deputado Chicão, presidida pelo líder do Governo na Alepa, deputado Iran Lima, e prestigiada por toda a colônia portuguesa radicada no Pará e representantes das principais instituições lusitanas.

Autoridades, instituições, empresários, escritores, jornalistas e artistas que contribuem para o fortalecimento dos laços entre o Pará e Portugal receberam homenagens: Antonio Maria Fidalgo (in memoriam), pelas suas filhas Vera Fidalgo e Betânia Fidalgo Arroyo; Álvaro do Espírito Santo, Carlos Gonçalves, Amadeu Vidonho, Ana Lúcia Saraiva Melo, Antonio Maria Alves Thomaz, Beatriz de Macedo Pereira, César Coimbra Pacheco, Cláudia Liliana Souza Bordalo, Diana Moreira Gomes Martins, Eder Luiz Pisco Bernardino, Eluiza Maria França Lobato, Francisco José Reis França, Janilton Maciel Ugulino, Jorge Ney Santos Dias, Julieta Alessandra Lourenço, Laura Maria Fragoso Pires, Lea Maria Paraense de Oliveira Serra, Manoel Fernandes Martins Nogueira, Maria de Nazaré Santos Paes de Carvalho, Maria dos Anjos Mendes de Carvalho, Milson Chaves Tuma dos Reis, Renato de Almeida e Souza. O Grêmio Literário Português, a Tuna Luso-Brasileira, o hospital da Beneficente Portuguesa, a Câmara de Comércio Portuguesa, e a Associação Vasco de Ajuda Mútua Vasco da Gama também foram reconhecidos publicamente por sua atuação nos respectivos setores.

Em seu pronunciamento, o líder do Governo e presidente da sessão Iran Lima lembrou o forte vínculo que liga o Pará a Portugal, a ponto de ter sido o último estado a aderir à independência, e deu como exemplo a sua própria família: o avô do deputado era português. Também enfatizou o respeito e a amizade histórica da Assembleia Legislativa do Pará com a colônia portuguesa, inclusive com as cidades além-mar. Não à toa, a Alepa já teve vários parlamentares de ascendência portuguesa que inclusive chegaram à presidência da Casa.

A Vice-Cônsul de Portugal no Pará, Maria Fernanda Granja Gonçalves Pinheiro, também deu seu testemunho, reconhecendo que o Pará soube abrir os braços e acolher seus compatriotas, que assim puderam prosperar. Ela destacou a importância do Brasil para a língua portuguesa: Portugal tem cerca de dez milhões de cidadãos residentes em seu território, enquanto o Brasil conta com cerca de 230 milhões de pessoas que falam a língua portuguesa e a disseminam pelo mundo. “Nossa língua é mais um elo que nos une e fortalece”, asseverou.

O presidente em exercício da Câmara de Comércio Portuguesa, Álvaro do Espírito Santo, que é professor da Universidade Federal do Pará e membro do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, falou em nome dos homenageados. E lembrou de personagens importantes para a história, como Antônio de Deus, que teria sido o primeiro português a pisar em terras paraenses; os padres Antônio Vieira e João Daniel, que viveram no Pará e se destacaram por seus trabalhos literários; e Antônio José de Souza Manoel de Menezes, o Conde de Vila Flor, um dos primeiros governadores do Grão Pará.

No Pará a identidade cultural é tamanha que os municípios da região Oeste, Nordeste e Marajó têm denominações homônimas a cidades portuguesas: Soure, Salvaterra, Chaves, Monsarás, Condeixa, Mosqueiro, Alenquer, Bragança, Melgaço, Portel, Belém, Faro, Santarém e a localidade de Alter do Chão, Monte Alegre, Prainha, Altamira, Porto de Moz, Almeirim, Aveiro, São Caetano de Odivelas, Colares, Óbidos, Oeiras, Ourém, Barcarena, Curralinho, Sintra (no município de Maracanã), Alcobaça (no município de Tucuruí), Freguesia de Santana (no município de Igarapé-Miri), Vigia e a localidade de Nazaré.

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