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Os deputados Carlos Bordalo (PT), Lívia Duarte (PSol) e Toni Cunha (PSC) estão aguardando informações solicitadas ao Ministério Público do Trabalho e à JBS acerca do vazamento de amônia em um frigorífico localizado em Marabá, sudeste do Pará, que há uma semana intoxicou mais de cem empregados da empresa, tendo sido hospitalizados 42 deles, um em UTI, Unidade de Tratamento Intensivo. Na terça-feira passada os três parlamentares evidenciaram a gravidade da situação e pediram providências, durante sessão plenária da Assembleia Legislativa do Pará. “É necessário saber se a empresa está cumprindo as normas de uso de substâncias tóxicas. O caso é gravíssimo, é um crime contra os trabalhadores e o meio ambiente”, alertou Bordalo. Lívia Duarte denunciou que há relatos frequentes sobre acidentes do tipo, que são mantidos em segredo pela JBS. “É preciso que o Ministério Público do Trabalho, o governo do Estado e as políticas públicas do Estado possam enfrentar uma empresa do tamanho da JBS e dizer para ela que o Pará não é bagunça”, cobrou. Já Toni Cunha prestou solidariedade às pessoas atingidas e pediu apuração das circunstâncias do vazamento.

Uma equipe de investigadores e delegado da Delegacia Especial de Meio Ambiente (Demapa) de Belém foi a Marabá na quarta-feira (14). O delegado Vinícius Cardoso das Neves, superintendente regional de Polícia Civil, disse que inicialmente seria feita pela Polícia Judiciária uma perícia no local e também no mecanismo de funcionamento da válvula onde ocorreu o vazamento. Se houver indicativo de crime ambiental ou de negligência que expôs as pessoas a perigo, vai ser instaurado inquérito policial.

A advogada da JBS e o coordenador de manutenção informaram que o problema teria ocorrido na sala de máquinas devido provavelmente a falhas no sistema de válvulas e calibração do sistema de refrigeração por amônia anidra (amoníaco). A substância é usada na fabricação de fertilizantes, explosivos, produtos de limpeza e produtos farmacêuticos, entre outros. As empresas de alimentos e de bebidas utilizam toneladas de amônia para refrigeração, congelamento rápido e armazenamento. A sua inalação causa irritação nos olhos, no aparelho respiratório, inchaço das pálpebras, conjuntivite, vômito e irritação na garganta e, em altas concentrações, pode resultar em mortes.

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