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Karllana Cordovil de Carvalho e João Pedro de Sousa Pauperio, proprietários de um bar no bairro do Reduto, em Belém, foram presos na quinta-feira (25), sob acusação de tráfico de drogas. Os nomes e as imagens deles foram expostos na mídia, veicularam várias matérias imputando a eles graves delitos. Agora, o Judiciário reconheceu a ilegalidade da prisão e a inocência de ambos: os policiais invadiram o local, sem mandado judicial, e João foi detido antes da revista na casa. Mais: a decisão judicial aponta que o casal “já vinha denunciando às corregedorias de policial civil e militar a tentativa de extorsão por parte de policiais praticada contra os presos e contra o estabelecimento comercial”, realçando que “não é comum que um traficante de droga se exponha voluntariamente diante da polícia, inclusive recorrendo ao órgão correcional da mesma” e que os dois já haviam manifestado “a preocupação antiga […] em que a polícia pudesse imputar ao local a pecha de ponto de venda de drogas”. E agora? As Polícias Civil e Militar vão instaurar procedimento para investigar a conduta de seus agentes? Tomarão decisões eficazes? O caso é absurdo e merece reflexão. Principalmente porque houve mancha indelével da reputação do casal e de seu estabelecimento. 
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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