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Os moradores do Conjunto Maguari, em Belém, estão desesperados e já não sabem mais a quem recorrer. A ilustração aí em cima foi postada no Facebook e logo pipocaram informações sobre os pontos críticos, que na verdade abrangem a área inteira, com detalhes de que a Alameda 28, além de point dos bandidos, é local de fuga para o Tenoné, e a Alameda 3 rota de fuga para o Tocantins. Proliferam assaltos e tráfico de drogas. O medo toma conta da população.

O bairro Água Boa, na ilha do Outeiro, também é considerado zona vermelha. Hoje, às 5:30h, minha empregada doméstica foi assaltada lá, em uma parada de ônibus, e se esquivou de um soco. O bandido levou sua bolsa com o dinheiro que reservara para comprar gás e pagar contas, além dos documentos, e um rapaz que acudiu aos seus gritos, além de também ser assaltado, foi esfaqueado. A patrulha da PM apareceu algum tempo depois mas não localizou o meliante. As duas vítimas não quiseram registrar B.O., porque não confiam na eficácia da Polícia. Nunca souberam de um assaltante preso. Quando muito, sai no dia seguinte (eis o sub-registro de que sempre falo). Um dos PMs, mesmo sem conhecê-la, tirou do próprio bolso e deu o dinheiro para a passagem de ônibus dela. Um gesto digno de nota e que revela a beleza da solidariedade em meio à violência.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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