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DEM e PSL ainda nem consumaram a fusão, prevista para outubro deste ano, mas a briga já é de foice. O ex-presidente do Senado Davi Alcolumbre e o ex-prefeito de Salvador ACM Neto duelam nos bastidores pelo comando do novo partido de direita, que teria a maior bancada federal. As divergências vão além: ACM Neto não concorda com a ideia de a sigla descartar publicamente, desde logo, apoio a Jair Bolsonaro em 2022. Como se sabe, quem – ainda – manda no PSL nacional é o deputado Luciano Bivar, que trocou de mal à morte com seu antigo amigo de infância Jair Bolsonaro.

E não se pode olvidar que o DEM tem em seus quadros o deputado federal Luis Miranda, aquele que escancarou uma das principais denúncias contra o governo bolsonarista e que é investigada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19.

Dentro de um ideário de direita, o novo partido é um saco de gatos: há políticos ressentidos com o governo Bolsonaro, devotos do presidente da República e entusiastas de uma terceira via presidencial. Por enquanto, o grupo tem três pretendentes à Presidência da República: o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o ex-ministro da Saúde Henrique Mandetta (DEM-GO e o apresentador de TV José Luiz Datena (PSL-SP).

De Norte a Sul, de Leste a Oeste, políticos das duas agremiações ameaçam debandada em seus respectivos estados. A queda de braço inclui tempero parauara: o deputado federal Celso Sabino, ex-tucano e atual bolsonarista raiz, assumiu a presidência do PSL estadual. Se na fusão a nova sigla for contrária a Bolsonaro, vai ficar numa situação difícil, apesar de ter reservado há um ano esse espaço para si.

O BARCO FANTASMA DE ALTER-DO-CHÃO (Ficção)

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