Por A arte e resistência das mulheres indígenas Tembé na criação de biojoias a partir de sementes, folhas e penas estão no e-book “Biojoias do Povo Tembé – Mulheres Indígenas e Produção de Arte com Sementes”. A obra é fruto de parceria da Associação das Mulheres Indígenas do Gurupi (Amig) com o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio).
O povo Tembé vive nas aldeias da Terra Indígena Alto Rio Guamá, no Pará. Para as mulheres indígenas, os adornos corporais também são instrumentos de empoderamento. Através deles elas se mantêm conectadas com suas raízes, preservam sua cultura e reafirmam seu papel de guardiãs da floresta. Cada peça carrega histórias da relação milenar dos povos originários com a mata.
A técnica em gestão ambiental do Ideflor-Bio, Claudia Kahwage, uma das autoras do livro, comenta que a produção dessas biojoias oferece às mulheres indígenas espaço para expressar criatividade e inovação, além de ser uma fonte significativa de renda para suas famílias. Cada design é um elo entre tradição e modernidade, valorizando a cultura indígena. “A participação na produção e venda de biojoias traz benefícios econômicos e sociais para as mulheres indígenas, fortalecendo sua autonomia financeira e posição na sociedade. Elas ganham voz nas decisões comunitárias e contribuem para o sustento de suas comunidades”, explica.
“A arte de confeccionar as nossas biojoias do povo Tembé é um ensinamento. É um conhecimento que temos agora todo o cuidado para não ser esquecido com o decorrer dos tempos, porque essa é uma riqueza que é passada de geração em geração e nós como mulheres, como mães e também as nossas jovens, elas também têm a responsabilidade de receber esse conhecimento e passar adiante para a nova geração, para que eles também venham cuidar dessa riqueza, para não deixar esquecer, ou seja, que o tempo não seja capaz de apagar”, a líder indígena Valsanta Tembé.
Fotos: Claudia Kahwage – Ideflor-Bio
O e-book está disponível aqui.
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