O Instituto Histórico e Geográfico do Pará e a Academia Paraense de Letras celebraram em sessão solene conjunta 124 anos. As duas entidades foram fundadas na mesma data e local, 3 de maio de 1900, no Theatro da Paz, por Domingos Antonio Raiol, o lendário Barão de Guajará, autor de “Motins Políticos”, que foi membro do Parlamento Nacional até ser dissolvido com a Proclamação da República, e presidente das províncias de Alagoas, do Ceará e de São Paulo. Na época considerado o decano dos historiadores paraenses, Domingos Raiol foi o primeiro presidente e sua antiga residência abriga desde 1943 a sede do IHGP, cujos membros se dedicam a promover, estimular e difundir conhecimento em diversas áreas do saber sobre a Amazônia. Era casado com D. Maria Vitória Pereira Chermont, sobrinha de Antônio Lacerda de Chermont, militar e fazendeiro marajoara, Comandante Superior da Guarda Nacional, presidente da Província do Pará e o primeiro Barão e Visconde de Arari, do qual herdou o belo casarão denominado Solar do Barão de Guajará, localizado na Rua do Aveiro, em frente à Praça Dom Pedro II, na Cidade Velha, em Belém do Pará.
Durante a cerimônia, a presidente da Academia Paraense de Jornalismo, Franssinete Florenzano, ao lado de seu vice, Célio Simões, outorgou o título de Membro Honorário da APJ ao presidente da APL, Ivanildo Alves, à presidente do IHGP, Anaiza Vergolino, ao desembargador federal do Trabalho aposentado Vicente Malheiros da Fonseca e à coordenadora da Cátedra João Lúcio Azevedo, da UFPA/Instituto Camões, Nazaré Sarges, agraciados também com a Medalha do Bicentenário da Imprensa no Pará. O coronel Rodrigo Aleixo, chefe da Casa Militar do Tribunal de Justiça do Pará, recebeu a Medalha José Veríssimo, a maior honraria concedida pela APL, por indicação da escritora e magistrada Sarah Castelo Branco Rodrigues, que a entregou ao lado do presidente Ivanildo Alves, advogado, romancista e poeta.
Os oradores oficiais do evento foram a escritora, professora, artista plástica e empresária Nazaré Mello Uchoa, pela APL; e o advogado e escritor Célio Simões, pelo IHGP, que discorreram sobre os dirigentes e vultos históricos e culturais de ambos os Sodalícios. A programação literomusical incluiu pocket show do violonista, compositor, professor, pesquisador e escritor Salomão Habib, declamação de poesia pela poeta e juíza estadual Sarah Castelo Branco Rodrigues e pelo poeta, escritor, artista plástico e advogado Sebastião Piani Godinho, além de memorial a Camões pelo escritor e advogado José Figueiredo de Souza. Também foi executado pela primeira vez o Hino do IHGP (letra de Célio Simões e música de Vicente Fonseca) em vídeo mostrando imagens do Solar Barão de Guajará, os ambientes museográficos e próprios de uma casa senhorial do final do II Império Brasileiro, no esforço de recompor fatos históricos.
O escritor Flávio Quinderé, delegado cultural para o Estado do Pará e comendador da Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes, ladeado pelo presidente da APL, Ivanildo Alves, e pela presidente do IHGP, Anaiza Vergolino, empossou o escritor Homerval Thompson como acadêmico correspondente, na Cadeira nº 180, bem como lhe outorgou o título de Doutor Honoris Causa em Sociologia e Literatura e a Medalha da Federação, alusiva ao bicentenário do poeta e escritor Gonçalves Dias.
Prestigiaram o evento a vice-cônsul de Portugal, Maria Fernanda Granja Gonçalves Pinheiro, o presidente da Academia Castanhalense de Letras, Hugo Luiz de Souza, os professores doutores Elson Monteiro, Sônia Magalhães, Décio Guzman, Marcos Valério Reis, Manoel Alexandre Cunha, Álvaro Espírito Santo, Thiago Veloso, Helena Dóris Barbosa, Ethel Valentina Soares, Marcos Valério Reis, Benilton Cruz, Sandoval Alves, Sebastião Godinho, Cláudio e Milene Guilhon, Agildo Monteiro, Márcia Duailibe Forte, Luís Augusto Quaresma e Rosângela Aguiar, entre outras personalidades presentes.
Comentários