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A Comissão Justiça e Paz da CNBB Norte
II, que está à frente de todas as providências para proteção  de Graciane Freitas da Silva, a jovem que foi
encarcerada com seis homens pelo delegado de polícia de Chaves, está

alarmada com a distância entre o prometido ontem, durante audiência na
Delegacia Geral, e o que aconteceu hoje. A equipe da Corregedoria da Polícia
Civil, encarregada do PAD que apura a responsabilidade do delegado Edgar
Henrique da Cunha Costa, se deslocou a Chaves para ouvir as testemunhas, mas
não lhes deu preferência, apesar da presença de idosos e crianças. Todos ficaram
o dia inteiro na igreja paroquial, local da oitiva, com fome,  algumas assediadas a trocar de depoimento, e só
começaram a ser ouvidas depois de uma conversa de muitas horas dos delegados com
o juiz. Há denúncias de testemunhas que estão sendo ameaçadas.

Conversei pelo celular com a delegada Nilma Lima, corregedora, que
me garantiu que estava tudo sob controle e que ela e sua equipe também ficaram
o dia todo sem comer. Mas, de fato, não há como justificar essa inversão da
preferência. O juiz certamente podia esperar que as testemunhas fossem ouvidas
para então conversar com os delegados. Até porque o PAD foge à sua competência.


Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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