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Estou muito chocada e triste com a morte do advogado Renato Mindello, meu amigo há mais de trinta anos, vítima de infarto fulminante, ontem. Era irreverente, ácido, irônico, mas também doce e, sobretudo, amigo de seus amigos. Culto, curioso insaciável, se interessava por tudo, desde muito jovem: literatura, arte, política, Direito e até moda. Sua casa era um verdadeiro museu, tantas as peças de colecionador. Quando ninguém ainda usava por aqui, por exemplo, ele teve a ousadia de um dia aparecer de terno e tênis e gravatinha borboleta colorida, no escritório do então deputado Ronaldo Passarinho, na época o político mais influente e poderoso do Pará, sem se importar com a inevitável gozação dos amigos. Na nossa juventude, ouvíamos música no estúdio nos fundos da casa de seus pais, na Av. Gentil Bittencourt, que tinha um acervo incrível de discos e revestimento acústico, assim podíamos aumentar o volume sem incomodar ninguém, até altas horas, beber vinho, comer pizza, dar gargalhadas. Devorava livros, consumia obras de arte vorazmente, sentia prazer no debate. Era capaz de conviver harmoniosamente com pensamentos contrários. Quero lembrar do Renatinho sempre assim, com o seu sorriso alegre estampado no semblante inteligente. Vai com Deus, querido amigo, na senda da luz e da paz eterna! E que Deus conforte sua família.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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