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Neste momento está sendo firmado perante o Ministério Público do Estado do Pará Termo de Compromisso entre as empresas envolvidas na contaminação ambiental provocada pelo depósito de rejeitos industriais em Ulianópolis.
O objetivo é custear o plano de avaliação dos impactos ambientais causados pelos resíduos depositados na área da antiga empresa CBB-USPAM.
Devem comparecer para assinar representantes de 50 das maiores empresas nacionais e multinacionais que enviaram material para o local, bem como a prefeitura e o proprietário da área.
O documento encerra as negociações do MPE-PA com as empresas envolvidas no inquérito civil que apura a remessa ilegal de passivos ambientais oriundos de inúmeras indústrias através da empresa CBB, cujo proprietário já foi condenado em ação penal e recentemente foi preso no Estado de São Paulo. 

O material tóxico industrial começou a ser depositado na área em 2000, quando a empresa paulista Companhia Brasileira de Bauxita (CBB) cessou as atividades de exploração do minério e criou a Uspam (Usina de Passivos Ambientais), responsável pela destinação final adequada de resíduos industriais. A incineração de parte do material seria através do forno que antes era usado na calcificação da bauxita. Como a legislação ambiental não foi cumprida, em 2003 o MPE ajuizou ação civil pública com pedido de tutela antecipada contra a empresa.
A ação foi acatada e decidiu pela cessação das atividades irregulares da CBB/Uspam em Ulianópolis. A empresa cumpriu a decisão judicial de fechar as portas, mas descumpriu a determinação de retirar os rejeitos perigosos. Com isso, todo o lixo químico ficou abandonado na área, sem o devido armazenamento, causando danos cuja real extensão até agora não foi avaliada.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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