Publicado em: 27 de janeiro de 2017
Maria Geuciane Nobre, 39 anos, professora da Escola Estadual Rio Tapajós, foi espancada e torturada por pelo menos cinco pessoas da mesma família, em uma casa no bairro Urumari, em Santarém, na terça-feira à noite. Ela foi golpeada com tesoura, teve os cabelos cortados e depois foi abandonada na estrada da praia do Pajuçara. Após ser atendida na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas, procurou a polícia ainda na madrugada. Mas o delegado de plantão, Tiago Rebelo, alegou estar ocupado com outros procedimentos de flagrante e não registrou o BO.
Na manhã seguinte, a vítima relatou o que sofreu à promotoria de justiça de Direitos Humanos, Controle Externo da Atividade Policial, Execuções Penais, Penas e Medidas Alternativas de Santarém. A violenta agressão teria sido motivada pelo não pagamento de dívida no valor de R$2 mil. Geuciane é casada com o sobrinho do marido de uma das agressoras.
Só depois que o Ministério Público determinou a abertura de inquérito a professora foi ouvida em depoimento na 16ª Seccional de Polícia Civil, pelo delegado Herberth Farias Jr., que agora apura as acusações de tortura, cárcere privado e lesões corporais contra Marilza Serique (ex-secretária adjunta de Educação de Santarém), suas filhas Samai e Saron Serique, o filho Júlio Cezar Navarro e o genro Juscelino.
Alunos de Geuciane fizeram ato público ontem à tarde em frente à delegacia e vão acompanhar a apuração. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública no Pará (Sintepp) divulgou nota de solidariedade à vítima, repudiando a selvageria. O MP aguarda o fim do inquérito para a ação penal.
(com informações do MPE-PA)
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