0



Dom Eliseu, antigamente tristemente famosa pelos índices elevadíssimos de assassinatos, muitos por encomenda, está há mais de 80 dias sem registro de homicídios. Ou seja, zero homicídios este ano! Em 2014 houve registro de 24 homicídios. Em 2015, caiu para 17. Em 2016, foram 16 homicídios. O feito, inédito, prova que com boa gestão é possível melhorar muito a segurança pública. O major Marcelo Ribeiro, comandante da 21ª CIPM, é com toda razão incensado pelo feliz trabalho baseado na filosofia do policiamento comunitário e parcerias eficazes que celebra com a Polícia Civil, Ministério Público, Poder Judiciário e Prefeitura Municipal, com participação ativa da comunidade.


O major Marcelo Ribeiro criou uma rede comunitária social, rondas ostensivas com apoio de motos, o projeto “Os Cavaleiros de Aço da 21ª CIPM”, palestras educativas nas escolas, encontros da PM com a comunidade escolar e o projeto “Uma lição de cidadania.” Ele presta contas do que faz pela Rádio Comunidade FM, ouve sugestões, trabalha envolvendo as crianças e adolescentes e assim consegue a adesão de todos e está construindo uma cultura de paz, dando um exemplo que merece e precisa ser multiplicado. 


E tudo isso em uma cidade do Pará que faz divisa com o Maranhão, localizada no entroncamento das BR-010 e BR-222, chamada de “beira de estrada”, onde as funerárias locais, no dito popular, “brincavam de pira”, tantas eram as mortes por execução.  Sim, é possível combater com sucesso a violência.


Pois agora Dom Eliseu terá um Koban, a primeira base comunitária de segurança no extremo oriente do Pará, aos moldes operacionais e adaptada à realidade local, no bairro do Eldorado.  


O Koban surgiu no Japão há 146 anos e nada mais é do que um posto policial no exercício do policiamento comunitário, como estratégia a fim de garantir maior segurança e tranquilidade aos moradores. Um Koban desenvolve muito mais ações de polícia proativa do que os antigos PM Box no Brasil, busca contar com as opiniões, sugestões e solicitações dos moradores nas operações policiais, em sintonia com as necessidades específicas da segurança pública. O local será uma plataforma social que já existe no bairro Eldorado, em Dom Eliseu, assemelhado ao que funciona no Japão e em São Paulo(SP), que é referência no Brasil.
O posto PM terá um serviço de atendimento ao público, distribuição de dicas de segurança, serviço de patrulhamento nas adjacências através de carros e motos, celular para maior interatividade e rapidez no atendimento a ocorrências e até caixa de sugestão para que a comunidade possa colaborar para o aperfeiçoamento da atividade da PM. Ações esportivas e culturais ao redor ajudarão a melhorar a qualidade de vida e desenvolvimento social, principalmente de crianças e adolescentes, na prevenção ao crime. 



Tem mais: na estratégia operacional de polícia, a comunidade e os PMs envolvidos no processo serão capacitados no curso de Promotor de Polícia Comunitária com ênfase no Koban, que será realizado brevemente pela Diretoria de Polícia Comunitária e Direitos Humanos da PMPA em Dom Eliseu. Aplausos a todos os envolvidos!
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

Highlights de Ópera hoje no Sesc Boulevard

Anterior

Agressor de mulheres faz ponto na Curuzu

Próximo

Você pode gostar

Comentários