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A Secretaria de Estado de Igualdade Racial e Direitos Humanos (Seirdh) abre, nesta quinta-feira, 28, a exposição “Memórias da Ditadura”, em parceria com a Secretaria de Estado de Cultura (Secult), o Instituto de Gestão Previdenciária e Proteção Social do Estado do Pará (IGEPPS) e o Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Pará (PPHist/UFPA).

A mostra “Memórias da Ditadura” será na Casa das Onze Janelas, a partir das 9h, com documentos históricos que remetem a processos instaurados na época da ditadura no Pará. São obras de arte; fotografias; matérias de jornais do período e textos acadêmicos, entre outras peças.

O diretor do Sistema Integrado de Museus e Memoriais (SIM) da Secult, Armando Sobral, enfatiza que a exposição interliga o campo da historiografia e da cultura. “Eles estão interligados num pensamento crítico, sobre o que foi o golpe e os sintomas do golpe, que retornam no presente com os movimentos da extrema-direita, como o que aconteceu no dia 8 de janeiro de 2023. Então, é um olhar para a história, mas também é um olhar para o presente”, definiu.

No dia 1º de abril, o “Seminário dos 60 anos do Golpe Civil-Militar de 1964”, trará a Belém nomes ligados à temática do golpe para debates e palestras, como é o caso do jornalista, ex-deputado federal e membro da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, além do atual assessor do Ministério dos Direitos Humanos, Nilmário Miranda, que também foi preso político pela ditadura militar, ex-deputado estadual e federal, jornalista e escritor.

Serão debatidos os temas “As Marcas da Ditadura na História do Tempo Presente no Pará (nomes de municípios, ruas, cidades, praças e escolas que homenageiam ditadores brasileiros)”, “As ditaduras militares na Argentina, Brasil e Chile” e “As políticas de reparação do Estado brasileiro”. Também haverá o lançamento dos livros “Constituinte – Avanços, Heranças e Crises Institucionais”, de Genoíno Netto; e “A Amazônia e os 60 anos da ditadura militar no Brasil”, da secretária adjunta da Seirdh, Edilza Fontes, em parceria com o professor doutor Thiago Broni.

Toda a programação é gratuita e, no dia 5, encerrando o evento, haverá um show com a Amazônia Jazz Band, a partir das 20 horas, na Casa das Onze Janelas, com repertório voltado para músicas de resistência.

“É importante termos consciência de que, por essas liberdades, brasileiros foram mortos, desaparecidos, torturados, presos ilegalmente, perseguidos e exilados. Então, o que nós estamos fazendo é a memória desse passado, pensando em construir mecanismos de não repetição e políticas públicas eficientes, que levem consciência da importância de nós todos nos unirmos em torno do estado democrático de direito”, realça o secretário de Estado de Igualdade Racial e Direitos Humanos, Jarbas Vasconcelos.

Confira aqui a programação completa .

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