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Foi muito concorrida e emocionante a sessão especial de hoje na Alepa, destinada a debater o atendimento aos portadores de fissura labiopalatal. Thatyana Mota, presidente da Associação de Apoio ao Fissurado Labiopalatal Sorrisos Largos, relatou o caso de seu filhinho de três anos e de outros bebês, a fim de que a sua dor, o sofrimento dessas famílias e as dificuldades que os pequenos passam não se perpetuem em outras crianças. 

Tramita na Assembleia um projeto que obriga a notificação dos nascidos com fissura labiopalatal. A taxa de nascidos vivos é de 1 a cada 650 crianças. Em Belém, há registro de dois mil fissurados, e oito mil em todo o Estado. No Brasil, a estimativa é de que sejam mais de 300 mil crianças com essa má formação. 

É tremenda a importância de um protocolo e um fluxo de atendimento multiprofissional. Tudo começa no diagnóstico precoce, já que a fissura se revela entre a quarta e a nona semana de gestação, nos exames de ultrassom. Quando os pais são logo informados, podem se preparar da melhor forma possível, recebendo as orientações necessárias para fazer o bebê mamar, planejando as cirurgias que devem começar aos seis meses de idade e o tratamento que envolve fonoaudiólogos, nutricionistas, otorrinos, ortodontistas, pediatras e plásticos. 

O Hospital Oncológico Infantil Dr. Octavio Lobo, os hospitais regionais de Marabá, Santarém e Redenção oferecem o tratamento especializado e multidisciplinar gratuito. Quando estiver concluído, o Hospital Abelardo Santos, em Icoaraci, será o Centro de Referência no Pará. Muitas famílias que vivem no interior precisam recorrer ao Tratamento Fora de Domicílio (TFD). 

A sessão foi requerida pelo deputado Jaques Neves, presidente da Comissão de Saúde da Alepa. Participaram ativamente dos debates a secretária adjunta de Saúde do Pará, Heloísa Guimarães, o diretor geral do Hospital Ofir Loyola, Luís Cláudio Chaves, e o coordenador do Comitê Estadual de Mortalidade Materna da Sespa, Hélio Franco, entre outros médicos, mães e pais e ativistas sociais.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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