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Uma das mais antigas instituições científicas do Brasil, o Museu Paraense Emílio Goeldi celebra 155 anos no dia 06 de outubro mas a programação virtual e gratuita já começa nesta segunda-feira, 04, e pode ser acessada no portal MPEG e acompanhada pelo canal do Museu Goeldi no YouTube, com exceção de três atividades, e inclusive dará certificado aos participantes.

A agenda inclui a 36ª edição do Museu de Portas Abertas, evento integrado ao Mês Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovações e à 18ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, organizadas pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações, ao qual o Museu Goeldi é vinculado.

Segundo museu de história natural criado no Brasil, em 1866, em Belém do Pará, onde mantém seu campus de pesquisa e o primeiro parque zoobotânico do país, o MPEG também conta com uma estação científica na Floresta Nacional de Caxiuanã, no arquipélago do Marajó, que funciona como laboratório avançado sobre o funcionamento das florestas tropicais. A instituição mantém, ainda, um campus avançado em Cuiabá, sede do Instituto Nacional de Pesquisas do Pantanal.

Proposto e organizado pela saudosa educadora Helena Quadros, falecida este ano vítima da Covid-19, o Museu Goeldi de Portas Abertas é realizado anualmente e envolve todos os setores da instituição. Surgiu para atender reivindicação de comunitários do bairro da Terra Firme, mas a adesão e o tamanho do programa educativo foi se expandindo e agora é integrado a grandes eventos nacionais.

O acesso às bases físicas do MPEG continua restrito, em respeito às medidas de controle sanitário, mas, exceto o dia 6, quando completa 155 anos e integra a grade de transmissão do MCTI, toda a programação aberta do MPA estará disponível no canal do Museu Goeldi no YouTube, onde pesquisadores, técnicos, bolsistas, alunos de pós-graduação e educadores apresentarão pesquisas, atividades educativas e de divulgação da ciência.

Nesta segunda, 04, às 10h, a ecóloga Ima Vieira, pesquisadora e ex-diretora-geral do Museu Goeldi, falará sobre os “155 anos de pesquisa sobre a sociobiodiversidade na Amazônia”, com a mediação da jornalista Joice Santos, chefe do Serviço de Comunicação Social. No dia 05, às 10h, pela plataforma Zoom, haverá a roda conversa “Memórias do MPA”. Dia 06, às 14h, será transmitida a palestra “155 anos do MPEG”, com a participação dos pesquisadores Ana Luisa Albernaz (ecóloga e diretora-geral do MPEG) e Nelson Sanjad (historiador). Às 16h, o público poderá fazer passeio virtual pelas coleções do MPEG.

No dia 12, às 10h, o programa do Dia das Crianças terá Contação de História com Aline Lira e o Grupo Nossa Biblioteca, e em seguida lançamentos do Jogo digital da Memória, Histórias em Quadrinhos inspiradas pelo MPEG e seu Parque Zoobotânico e do podcast Pode Goeldi?

Ainda nessa semana, dia 13, será a vez das Exposições virtuais Caminhos Amazônicos e Ambientes Costeiros, e no dia 15, Dia do Professor, os educadores do Museu Goeldi apresentarão algumas ferramentas para dinâmicas escolares ou estratégias de educação não-formal e, também, os Kits do Clube do Pesquisador Mirim e a Cartilha Um Passeio Animal.

Nos dias 21 e 22, haverá o Ciclo de Palestras 155 anos com pesquisadores da Botânica, Zoologia, Ciências Humanas, Transferência de Tecnologia e um passeio virtual pela centenária Biblioteca Ferreira Penna. Será um mergulho no mundo das plantas: “Biodiversidade Invisível”, com a pesquisadora Monyck Lopes; “Composição química dos óleos essenciais de espécimes de Calycolpus goetheanus (Myrtaceae), com a bolsista Celeste Franco; “Composição química e atividades biológicas do óleo essencial de espécies da família Myrtaceae”, por Geovanna Siqueira, bolsista de iniciação científica; “Composição química e atividade fitotóxica de espécies de Annonaceae da região Amazônica“, pelo bolsista Angelo Moraes; “Bioprospecção de óleos essenciais”, com a pesquisadora Eloísa Andrade, que coordena o Laboratório Adolpho Ducke; e “Saber de plantas pra quê?”, com o doutorando em Biodiversidade e Biotecnologia, Jonilson Ribeiro.

Os temas das palestras também incluirão Zoologia e Arqueologia: “Peixes das corredeiras dos rios amazônicos”, com o pesquisador Alberto Akama; “Insetos nas obras raras do Museu” com a pesquisadora Marlúcia Martins; “O paraíso perdido fica na Amazônia”, com o arqueólogo Marcos Magalhães; “Novos produtos e processos desenvolvidos pelo MPEG a partir dos ativos da biodiversidade amazônica”, com o coordenador de Planejamento e Acompanhamento,  Amilcar Mendes; e “Escavando as coleções arqueológicas do Museu Goeldi”, com a arqueóloga Helena Lima, curadora do acervo. E, ainda, uma visita à centenária Biblioteca Ferreira do Museu Goeldi, com o bibliotecário Rodrigo Paiva.

Entre os dias 25 a 27, será realizado o Festival Cultural Gastronômico Sabores e Saberes, junto ao lançamento da plataforma do projeto interativo A Floresta Sensível, coordenado pelo antropólogo Glenn Shepard Jr. Será uma programação mista de lives e webinars explorando o conhecimento originário, tradicional e científico sobre as memórias e vivências sensoriais da Amazônia, em seus cheiros, ervas, essências, frutos, sabores, específicos da região. Sabores e Saberes transforma e amplia para o ambiente virtual o popular festival de Gastronomia Inteligente, criado e realizado pela engenheira florestal Vera Bastos e a educadora Helena Quadros.

Com o patrocínio do Instituto Serrapilheira, a plataforma online “A Floresta Sensível” será lançada no dia 28 e oferecerá ao público um passeio virtual 360º e um jogo imersivo, além de muitas informações científicas sobre 12 espécies do parque.

Encerra a programação do mês, no dia 29às 10h, a “Oficina do ponto de memória sobre reaproveitamento de óleo de cozinha”. Totalmente gratuitos, os eventos ficarão disponíveis no canal oficial do MPEG no YouTube, aqui.

Foto: Florada Jambeiro MPEG – Lívia Prestes

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