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Vejam esta denúncia que o deputado João Chamon Neto(PMDB) fez ontem, na tribuna e depois pessoalmente à secretária de Estado de Educação, Ana Cláudia Hage, que foi à Alepa, em reunião-almoço promovida pelo presidente da Casa, deputado Márcio Miranda(DEM): o vereador José Gonçalves da Cruz, o Zé do Signus(PSD), de Tucumã, é o autor do requerimento 002/2013, aprovado pela Câmara Municipal local, solicitando ao Governo do Pará que a denominação da Escola Estadual do Setor Palmeira II seja “Professora Maria Nilza de Oliveira”, educadora cujo trabalho se destacou no município. Pois bem. Acontece que o mesmíssimo vereador, ao perder o filho, mudou de ideia e entendeu que o nome de seu filho é que deveria ser o da escola. Como encontrou resistência da diretora da instituição de ensino, professora Roxane, ela sofreu assédio moral e foi exonerada por sua pressão política, assim como vários outros servidores, substituídos por indicações do vereador. Não satisfeito, ele foi à escola – que diz ser de sua propriedade -, tomou as chaves na marra, mandou pintar nela o nome de seu filho e o resultado é que a escola não está funcionando, em prejuízo dos jovens estudantes.

A secretária Ana Cláudia Hage – que é professora da Seduc há 29 anos – ficou indignada e declarou que vai imediatamente retomar a escola e fazê-la funcionar dentro dos objetivos da educação pública. Por sua vez, o deputado Chamon apresentou o projeto de lei nº 67/2015, no sentido da denominação da escola em tela ser “Escola Estadual Profa. Maria Nilza de Oliveira’. 
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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