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Um escândalo eleitoral envolvendo o uso de tecnologia em Ourilândia do Norte, durante as eleições municipais, foi noticiado pelo Fantástico na noite de ontem. Eleitores, incluindo uma adolescente, foram flagrados usando óculos-espião com microcâmera para comprovar votos vendidos ao vereador Edivaldo Borges Gomes, conhecido como Irmão Edivaldo (MDB). Uma mesária desconfiou do objeto e notificou as autoridades eleitorais, que confirmaram o uso do equipamento para garantir o pagamento de R$ 200 pela comprovação do voto no candidato.

O esquema foi denunciado após a abordagem de uma adolescente que revelou ter recebido a proposta de um desconhecido para votar no vereador e gravar o ato. Edivaldo foi preso em flagrante por suspeita de compra de votos e solto após pagamento de fiança, e poderá responder criminalmente por compra de votos e associação criminosa. Os cabos eleitorais e os eleitores que confirmaram a venda de votos também serão indiciados por corrupção eleitoral e quebra do sigilo do voto.

A utilização de tecnologia para fraudar o processo eleitoral demonstra um nível de sofisticação alarmante, e o caso mostra a necessidade do rigor da fiscalização e das estratégias de combate a crimes eleitorais, que embora estejam sempre em implementação ainda conseguem ser transpostas. Cinco dias após ser reeleito, Irmão Edivaldo usou a tribuna da Câmara de Vereadores para se defender das acusações. O Ministério Público Eleitoral e a Polícia Federal estão investigando o caso.

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