Foto: Antonio Silva
Agora parece que a Alpa vai sair do papel, ainda que sem o derrocamento do Pedral do Lourenço e a hidrovia Tocantins/Araguaia. Ontem, o governador Simão Jatene, o presidente da Vale, Murilo Ferreira, e prefeito de Marabá, João Salame, assinaram protocolo de intenções para a criação do grupo de trabalho que vai discutir e buscar alternativas de projetos e investimentos para a implementação do complexo siderúrgico de Marabá, no sudeste do Pará, levando em consideração o uso dos modais existentes e assegurando agregação de valor à cadeia produtiva, em especial, a geração de emprego e renda. O grupo, presidido pelo secretário de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia, Adnan Demachki, terá dez membros, indicados pelo governo do Estado, Vale, Assembleia Legislativa, Federação das Indústrias do Pará, Associação Comercial e Prefeitura de Marabá.
“Tenho a clareza de que a parceria entre o Estado e o setor mineral vai perdurar por muito tempo. É possível aprimorar os projetos e criar condições para que eles aconteçam. Nosso crescimento só se concretiza se criarmos a viabilidade e sustentabilidade econômica, e é isso que estamos fazendo. Queremos contribuir para o crescimento do País, mas a partir do nosso próprio desenvolvimento. Nas últimas décadas, a economia cresceu, mas a população também, e a evolução deste avanço na economia não resultou em melhorias dos indicadores sociais. A palavra sustentabilidade, na Amazônia, não admite adjetivação. Ela deve ser, ao mesmo tempo, econômica, ambiental e social”, pontuou Jatene.
Adnan Demachki, personagem-chave nas extenuantes negociações que resultaram no acordo com a Vale a fim de implantar o complexo siderúrgico em Marabá, já convocou a primeira reunião do grupo para o início de dezembro. “Não vamos medir esforços para viabilizar esse empreendimento tão sonhado em Marabá e levar o desenvolvimento para todo o Estado”, asseverou.
“Acompanhamos e vivemos a história do Pará, um Estado que queremos tão bem. O trabalho será construído nesses próximos meses em relação ao empreendimento e discernimento de alternativas e possibilidades. Esse trabalho veio em um momento especialmente importante, em que nosso País vive uma crise econômica, política e ética, e precisamos ter iniciativas, já que não podemos esperar que as respostas venham do governo central”, disse o presidente da Vale.
A prefeitura de Marabá, como uma das interessadas no projeto, irá participar ativamente da construção da proposta, colaborando no que for preciso, garantiu João Salame.
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