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O prefeito Zenaldo Coutinho deveria aproveitar a inauguração do Terminal Hidroviário de Belém Luiz Rebelo Neto, hoje, e anunciar de uma vez por todas o início da construção dos embarcadouros na Bernardo Sayão, Porto da Palha, Praça Princesa Isabel, Ver-O-Peso, distrito de Icoaraci, e ilhas do Mosqueiro, Outeiro, Cotijuba, Combu e Ilha Grande, que viabilização o sistema de transporte público rodofluvial. Ninguém entende tal demora. Aliás, era para ter sido priorizada a alternativa fluvial, que teria evitado esse verdadeiro inferno causado ao trânsito pelas interdições durante as obras do BRT.

É preciso ter coragem de romper a histórica distorção do rodoviarismo, diante de tanta água navegável à nossa disposição, com todas as vantagens de conforto, rapidez e e segurança que o transporte hidroviário – além de tudo ecológico – proporciona. Quem não prefere ir de barco ao trabalho, olhando a paisagem ribeirinha, ao invés dos superlotados ônibus, nas ruas engarrafadas? Ou colocar o carro num ferry boat e, ao invés de chegar já estressado ao trabalho, aproveitar para relaxar durante o percurso? Ainda que a tarifa precise ser subsidiada – e a dos ônibus é – , a prefeitura não pode perder de vista a qualidade de vida a oferecer a seus munícipes, a preservação de vidas humanas com a redução de acidentes, a diminuição da poluição ambiental e tantas outras vantagens, além do que economizará na área de urgência e emergência de saúde pública, atenuando em muito a demanda dos pacientes acidentados nos PSMs, por exemplo. 

Mas a Semob terá que se articular com a Capitania dos Portos e outros órgãos, a fim de fazer campanhas educativas e fiscalizar com rigor para que não poluam ainda mais o nosso rio, jogando sacos  e garrafas plásticas, latas e todo tipo de lixo que se vê comumente voando das janelas de ônibus e veículos particulares.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

Enfim, um terminal fluvial digno

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