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O tráfico de pessoas é uma prática antiga. Este fenômeno perverso adquiriu novas formas a fim de perpetuar-se, representando atualmente, grave ofensa aos direitos humanos brutalmente nesta atividade criminosa desprezados.
No Pará e respondendo a denúncias da Igreja do Regional, a Câmara Legislativa tem instalado um CPI contra o tráfico de pessoas que entre nós apresenta uma incidência alta de casos e de perversidade especifica. As características fronteiriças tanto geográficas como de regiões em desenvolvimento acelerado possibilita uma freqüência enorme de crimes poucas vezes conhecidos suficientemente pelas autoridades de nosso Estado e dificilmente reprimidas de modo eficaz.
Esta modalidade de crime organizado no Pará em conexão muitas vezes com o tráfico de drogas e exploração sexual de menores é uma grave violação dos direitos humanos, ofendendo a sua dignidade e transformando a pessoa em mercadoria.
O fato de o homem ser a única criatura por si mesma amada por Deus, dada sua condição única de imagem e semelhança dele e resgatada pelo mistério da redenção de Cristo no seu sangue, nos motiva fortemente a entrar decididamente como pessoas e membros da comunidade da Igreja neste combate necessário contra o tráfico humano que normalmente encontra suas formas mais freqüentes entre nós no tráfico de pessoas para fins de exploração sexual, trabalho escravo e remoção de órgãos.
Na Região do Marajó, por exemplo, são conhecidas rotas de tráfico humano como a que inicia em Breves, passa por Macapá e através do Oiapoque penetra na Guiana Francesa, província da França. É conhecida outra rota que saindo de Portel, via Breves, Belém, Guarulhos chegava a Madri, na Espanha… A rota de Suriname é comentada nas conversas do povo do interior de Marajó como atividade bem conhecida de tráfico humano.
Todo Pará é conhecedor da atividade intensa de tráfico humano no aeroporto internacional de Belém e do qual algumas noticias tem transcendido ao público paraense.
A igreja ao reconhecer a dignidade inerente a todos os membros e os seus direitos iguais e inalienáveis, ao mesmo tempo que combate por eles, edifica o fundamento da liberdade, da justiça e a paz no mundo.
Este combate contra o tráfico de pessoas exige algumas ações necessárias como: prevenção, trabalho em rede, acolhida às vitimas e repressão.
Este combate ao tráfico humano é um serviço à evangelização e a humanidade que supõe risco, um alto risco, até perder a vida.
Membros da Igreja do nosso Regional sofrem perseguição e até ameaças de morte por causa da defesa corajosa das pessoas tiranizadas nesta atividade criminosa. Oremos pela resistência na fé e no testemunho com obras e as imitemos sacudindo o comodismo e o descompromisso com uma sincera conversão não somente à Palavra proclamada, mas à Palavra vivida intensa e corajosamente testemunhada. Do contrário, não entraremos no Reino doas céus. (MT 7; Lc 6)”
Dom José Luiz Azcona
Bispo do Marajó
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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