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Em Abaetetuba, a lei está de férias. Tráfico de drogas e armas, contrabando de mercadorias, assaltos com arrastão, prostituição infanto-juvenil e a impunidade reinante fazem a sociedade sangrar. As Polícias civil e militar, Ministério Público e demais órgãos responsáveis parecem estar de olhos vendados.

Na segunda-feira passada, por volta das 22 horas, o sargento PM Vilhena, bêbado, implicou com um adolescente de 17 anos, Adenildo Pereira Gonçalves, que passeava com a mulher, grávida, e uma tia, e mandou que ele corresse. Como não é bandido, o menor continuou andando normalmente. Pois o sargento atirou nele pelas costas, atingiu vários órgãos vitais, o garoto já foi operado duas vezes em Belém, na terça e ontem, e o mínimo que vai acontecer é ter que usar a bolsa de colostomia pelo resto da vida.

Sabem o que aconteceu com o sargento? Absolutamente nada. Uma viatura o levou para casa. E está à vontade para continuar aleijando e matando por aí, com a arma que deveria usar para defender a população.

No caso do soldado PM Maués, que atirou no carro do meu irmão no dia 08, só ontem foi feita a perícia no veículo. Apesar de ter marcado hora, meu irmão teve que ir quatro vezes buscar o perito, depois levá-lo até uma casa de produtos fotográficos e pagar a impressão das fotos. No lugar, o tal PM estava lá e, como meu irmão não o conhece, passou ao seu lado e só depois que saíram o próprio perito contou a ele que chegou a ficar com medo que o PM o agredisse, tal o ódio com que olhava para meu irmão, que mais uma vez correu perigo de vida porque o soldado continua livre, leve e solto e com uma arma na mão.

Tem mais: a delegada Andressa, superintendente regional do Baixo Tocantins, disse que só envia o BO e os demais documentos nos autos do inquérito policial civil à Corregedoria da PM se a corporação pedir oficialmente. Caso contrário, meu irmão terá que ir até o quartel na Vila dos Cabanos, em Barcarena, para fazer outro registro de ocorrência para fins de abertura de inquérito policial militar. É o fim!

Será preciso acontecer um banho de sangue em Abaetetuba para alguém tomar providências?
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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