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“Betão”, como foi carinhosamente batizado pelos cuidadores, finalmente está em casa: a região amazônica. Pesando 45 kg, o quelônio foi encontrado em um lago em praça pública do município de São José dos Campos, no Estado de São Paulo, ainda no ano de 2021, sob condições totalmente desfavoráveis para a classe Reptilia, da ordem Testudines e família Podocnemididae, à qual pertence. Após longa jornada para recuperação e repatriação, a tartaruga-da-Amazônia (Podocnemis expansa) recebeu os primeiros cuidados na Universidade Federal Rural da Amazônia e já está com a equipe técnica do Parque Zoobotânico Mangal das Garças, em Belém. A transferência do animal envolveu operação conjunta das Secretarias de Meio Ambiente de São Paulo e do Pará.

“Betão” sofria muito com as bruscas mudanças de tempo em São Paulo. Durante o verão, ficava em um lago, mas no inverno, tinha que ser levado para uma área interna, por vezes utilizando até mesmo aquecedores, o que causava grande estresse nele.

No Mangal das Garças, o biólogo Basílio Guerreiro conta como está cuidando do animal: “Inserimos o Betão no lago da Cavername, onde irá conviver com aves, marrecas e outros quelônios. É um ambiente que reproduz o habitat natural dele, e onde irá receber alimentação balanceada e toda a atenção necessária para uma vida tranquila aqui no Parque. Além do Betão, também inserimos, nesta mesma ação, mais dois espécimes da região, uma perema e um tracajá”.

A tartaruga-da-Amazônia apresenta casco ósseo, de forma oval, coberto por placas córneas e manchas escuras regulares na carapaça, nas cores preta, alaranjada ou marfim. As patas são curtas e têm cinco unhas nas anteriores e quatro nas posteriores, muito potentes. A cabeça é achatada, com desenhos que funcionam como uma impressão digital e não se repetem de um indivíduo para o outro.

Curiosidade: apesar do nome, a tartaruga-da-Amazônia é considerada um cágado. É também conhecida como tartaruga-verdadeira. Trata-se do maior quelônio de água doce da América do Sul, podendo ultrapassar 100 cm de comprimento de carapaça e viver até cem anos. Uma maravilha da natureza que pode ser visitada gratuitamente, para encantamento de crianças e adultos.

Daniela Barbalho eleita conselheira do TCE-PA

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