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Dos onze delegados subordinados ao superintendente regional da Polícia Civil do Pará no Lago de Tucuruí, Rommel Felipe Oliveira de Souza(aquele que indiciou por associação criminosa e requereu a prisão preventiva de três cidadãos que prometeram jogar ovos no governador), nove pediram remoção por serem incompatíveis com ele na gestão. Ante a debandada geral, não restou alternativa ao delegado-geral Walter Resende a não ser a substituição do superintendente. O delegado Tiago Mendes, que era o superintendente regional do Baixo Amazonas, sediado em Santarém, vaiassumir o cargo. Rommel quer continuar na regionale ficará em Breu Branco, município vizinho de Tucuruí. 

Leiam os documentos dos delegados denunciando o intenso assédio moral que sofriam, que se tornou insuportável a ponto de uma retirada coletiva. A Assindelp, que deveria estar atenta a situações como essa, proteger os delegados e lutar para que os cargos sejam ocupados por merecimento ou por antiguidade e não via indicação política, prefere divulgar notas ofensivas a jornalistas que publicam as verdades incômodas.

Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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1 Comentário

  1. Infelizmente o ambiente de trabalho da Polícia Civil, neste particular, não discrepa de nenhuma outra repartição pública. Exerci, em toda minha carreira profissional, vários cargos e funções públicas, quer na qualidade de ocupante de cargo em comissão, quer como servidor temporário, quer como concursado, assim como cumpri estágio em repartições públicas em meus tempos de acadêmico, tendo, em todas essas ocasiões, constatado que dos traços mais característicos no serviço público estão a intriga, a fofoca, a falsidade, a prepotência do chefe, o mal-querer disfarçado de cordialidade, as constantes armações visando “puxar o tapete” do colega, muitas das vezes o mais próximo e por quem finge amizade e carinho, a “derrubação” sob todos os sentidos, a falta de ética, o mal-caratismo, de um modo geral, o que torna, enfim, o local de trabalho um ambiente imundo, muitas das vezes insuportável, a exemplo da situação narrada pelos delegados subscritores do expediente publicado. Se, por um lado, o serviço público significa a conquista de “lugar ao sol” do profissional, com a certeza da justa remuneração e estabilidade, além de outros benefícios, por outro, é o ambiente, salvo honrosas e raras exceções, onde a falsidade do ser humano, no que tem de pior, mais se evidencia e aflora. Por essas e outras que um dia decidi abdicar do sonho de uma bem sucedida carreira no serviço público para, até meu último dia, trabalhar, na iniciativa privada e na minha banca de advocacia e imóveis, onde pelo menos sou o dono do meu nariz e onde não devo satisfação a falsos amigos, assim como não tenho o dever de aturar chefetes de caráter duvidoso.

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