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Vejam nas fotos como está o hospital municipal de Tucuruí, que deveria  atender a saúde básica.

A alimentação é precária para os pacientes: torta de cenoura com um pouco de frango, ou ovos. Faltam lençóis, remédios, materiais para procedimentos e equipamentos.
 
A central de esterilização não funciona. O material está sendo esterilizado no Hospital Regional, com transporte em veículo inadequado. Falta “lap” para partos e procedimentos cirúrgicos, tanto de médio quanto pequeno porte.  Na lavanderia não há o mínimo: comida, roupa de cama e material de limpeza.
Apesar de Tucuruí estar em gestão plena do SUS não tem condições de fazer sequer parto normal. O maior absurdo foi o ministério publico estadual apoiar o prefeito na decisão de colocar um hospital dentro do outro.
No hospital regional o acréscimo do serviço de obstetrícia resulta em sobrecarga brutal ao atendimento e piora em cadeia de todos os serviços: anestesia, enfermagem, serviço social, nutrição, farmácia, centro cirúrgico, central de esterilização, limpeza, lavanderia, copa-cozinha, almoxarifado e  administrativo.

O orçamento de 2009 foi de exatos R$39.280.615,00 (trinta e nove milhões, duzentos e oitenta mil e seiscentos e quinze reais) ou R$3,250 milhões por mês, R$104.333,33 por dia. O de 2010 ultrapassou R$40 milhões.  Em 2011 vai chegar ao R$50 milhões, o que significa que não há falta de recursos para adequar o espaço da Maternidade, comprar alimentação adequada, materiais de limpeza, medicamentos, equipamentos e roupagem necessários para dar assistência médica à população de Tucuruí, um dos municípios mais ricos do Pará, pelos royalties que recebe do setor energético, além dos repasses federais e estaduais e arrecadação própria.

Detalhe: o hospital municipal fechado, credenciado para fazer partos normais, cesarianas e outras cirurgias, continua recebendo os recursos do SUS, sem realizar quaisquer procedimentos. O MPE local, aliado ao prefeito, fechou o hospital  e  não pediu que o repasse fosse suspenso.
  
A população não pode nem fazer exames, porque o prefeito não paga os prestadores de serviço, e quer saber, com justa indignação, para onde foi o dinheiro da saúde.

Será que a Polícia Federal, o Ministério Público Federal, a Corregedoria do MPE/PA, a CGU, o Conselho Nacional de Saúde e o Departamento Nacional de Auditoria do SUS não podem inspecionar com urgência e dar um basta nessa situação? 

        
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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