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Com apenas um biólogo e um veterinário para cuidar dos 530 animais abrigados
no parque e as árvores centenárias desabando por ataques de cupins, o Bosque/Jardim
Botânico Rodrigues Alves está ameaçado de fechamento, o que é um absurdo e um
castigo à população.
Inspirado no Bois de Bologne, de Paris, é um pedaço da floresta Amazônica em
pleno corredor de chegada e saída de Belém do Pará, formado por floresta primária de
terra firme preservada desde o final do século XIX, com esplendorosa
diversidade de espécies animais e vegetais. Fechar o Bosque é punir a vítima e
deixar livre o algoz.
Entre as coleções
estão mais de 80 mil espécies de plantas vasculares e silvestres, especialmente
as que estão ameaçadas, assim como milhares de espécies cultiváveis de
importância econômica. Há aquário, orquidário, lagos, grutas, cascatas e até
uma réplica de montanha, tudo isso abandonado e mal tratado, mas que não pode
nem deve ser simplesmente fechado, por culpa de uma gestão que não valoriza a
nossa história, a nossa cultura, a nossa gente.
O Bosque precisa
da atitude urgente e eficaz dos órgãos responsáveis pela sua fiscalização, para
salvá-lo, aplicando pesadas multas, de caráter pessoal, aos culpados pelo seu
abandono. E garantir que volte a ser um passeio imperdível e uma oportunidade
sem igual de apreciar a natureza, vivendo um pouco da história, da fauna, flora
e arquitetura da região, banco de dados amazônico.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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