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O Plenário do Senado analisará um projeto de lei que visa tornar obrigatórias abordagens sobre mulheres que fizeram história nos currículos da educação básica na rede pública (e também na privada) de ensino no Brasil. O projeto (PL 557/2020), que já foi aprovado pela Comissão de Educação (CE) com o apoio da senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), também propõe a criação da Semana de Valorização de Mulheres que Fizeram História, a ser celebrada anualmente na segunda semana de março.

Apresentado pela deputada Tabata Amaral (PSB-SP), o projeto de lei tem como objetivo destacar as contribuições das mulheres em diversas áreas, como ciência, cultura, arte, economia e política, corrigindo a sub-representação feminina nesses campos e incentivando as alunas a se interessarem por disciplinas tradicionalmente dominadas por homens. Segundo a Agência Senado, a proposta pretende alterar a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e aponta que a baixa representatividade feminina em áreas científicas e tecnológicas é, muitas vezes, resultado de preconceitos que desencorajam meninas desde cedo. Soraya Thronicke argumenta que estereótipos de gênero ainda influenciam as escolhas acadêmicas e profissionais das mulheres e dificultam suas inserções em campos como política, física e matemática.

O PL, ao que tudo indica, conseguiu unir parlamentares das mais diversas correntes ideológicas. A senadora Zenaide Maia (PSD-RN) elogiou a iniciativa, ressaltando que a educação pode transformar a percepção do papel da mulher na história brasileira. Damares Alves (Republicanos-DF) também apoiou o projeto, apesar das divergências entre setores conservadores, afirmando que a proposta faz justiça ao reconhecer o trabalho de mulheres que marcaram a história do Brasil e do mundo.

O projeto cita exemplos de mulheres que podem inspirar as futuras gerações, como Maria Quitéria e Irmã Dulce, além de fazer referência ao filme “Estrelas Além do Tempo”, que conta a história de mulheres negras que desempenharam papéis essenciais na NASA. O senador Flávio Arns (PSB-PR) e Damares Alves também homenagearam a líder venezuelana Maria Corina Machado, reconhecendo seu papel como símbolo de resistência e coragem na luta pela democracia na Venezuela.

Com a aprovação na CE, o projeto segue agora para a análise do Plenário, onde sua implementação pode representar um importante avanço na promoção da igualdade de gênero no sistema educacional brasileiro.

Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Gabriella Florenzano
Cantora, cineasta, comunicóloga, doutoranda em ciência e tecnologia das artes, professora, atleta amadora – não necessariamente nesta mesma ordem. Viaja pelo mundo e na maionese.

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