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Como diz o caboclo parauara, está tudo muito avacalhado. O diretor da polícia metropolitana,
delegado Roberto Teixeira, foi denunciado pela Associação dos Delegados por
assédio moral e outras condutas violentas perante seus colegas e subordinados.
Por sua vez, chamou de “vagabundos” e “corruptos”
os delegados acusadores.
É claro que urge a imediata apuração dos
fatos. Mas quem quer que tenha razão, a verdade, com clareza solar, é que a
Polícia Civil está realmente com sérios problemas. Se o diretor é o que dizem,
por que lhe foi confiada tão elevada função? Será possível que, com um exército
de milhares de “assessores especiais” pagos com o dinheiro do povo, ninguém se
preocupa em verificar a ficha funcional dos indicados a DAS, nem que seja para
evitar constrangimentos do tipo ao governador? E para que existe a “inteligência” da Segup, afinal?  E se o diretor tem razão no que diz de seus
subordinados, o que fazem a Corregedoria e o delegado-geral, que não apuram nem
punem como deveriam os infratores?
E o Zé povinho, que já não aguenta os assaltos
à mão armada com reféns e execuções à luz do dia todo santo dia, assiste a tudo
boquiaberto. Como confiar nessa polícia? Como a Segup espera ter um mínimo de
credibilidade? Como o governo acha que os cidadãos se sentem?!
Para completar a desmoralização, depois dos
quartéis e bancos explodidos por bandidos, ontem a própria sede da Ouvidoria da
Secretaria de Segurança Pública do Pará, em Belém, foi invadida e todos os
servidores assaltados em pleno ambiente de trabalho, inclusive a Ouvidora,
Eliana Fonseca. Tal é a fragilidade do sistema que o órgão nem vigilância
eletrônica tem.  As imagens do circuito
de segurança da igreja da Santíssima Trindade, que fica ao lado – pasmem! -, tiveram
que ser requisitadas para subsidiar as investigações.
Mas, tal qual o samba-canção “Molambo” (1953), de Jayme Tomás Florence
(Meira) e Augusto Mesquita:
Eu sei
que vocês vão dizer
Que é tudo mentira,
que não pode ser
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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