0
 
Foto:Manoel Neto
O governador Simão Jatene está mesmo encrencado. Agora pipocam na grande mídia nacional denúncias contra o secretário de Educação do Pará e deputado licenciado Nilson Pinto (PSDB-PA), que tem entre seus funcionários condenados pela Justiça de Brasília por estelionato e crime continuado. Eles promoveram um golpe contra bancos que ofereciam crédito consignado a servidores da Câmara, fraudando contracheques e documentos do departamento de Recursos Humanos da Casa.
Seu ex-motorista Francisco da Costa Cunha Júnior, o “Loro”, um dos envolvidos no golpe, continua prestando-lhe serviços eventuais e ainda trabalha para o suplente Dudimar Paxiuba (PSDB-PA), a pedido de Nilson Pinto, assim como a ex-secretária, processada, processada por estelionato e cujo marido já foi condenado pelo mesmo crime.
Outro condenado é Madson Luís de Lima Bentes (preso em flagrante na entrada do anexo IV da Câmara, onde trabalhava para Nilson Pinto), por comandar esquema Câmara, em que forjava contracheques para obter empréstimos consignados em nome de terceiros. Mesmo depois de ser preso, manteve o posto por oito meses e fez várias doações, de valores incompatíveis com seu salário, para a campanha de Nilson Pinto.
Até documentos de servidores falecidos foram usados para simular bons salários, a fim de obter financiamentos mais altos. As dívidas nunca eram pagas. Madson utilizou um documento de seu primo, o geólogo Mário Sérgio Bentes dos Santos, assessor do deputado em Belém, como matriz para forjar empréstimos consignados em nome de terceiros. Entre eles, o hoje desempregado Marcelo Raimundo da Silva. O vigilante Émerson Assunção Silva, também envolvido no caso, foi assassinado em outubro de 2006.
O juiz Domingos Sávio Reis de Araújo, da 2ª Vara Criminal de Brasília, condenou Madson e Raimundo por três estelionatos concretizados e uma tentativa, além de crime continuado, num golpe que lesou o banco GE Capital em R$ 131 mil.

O caso gerou quatro inquéritos policiais – cujos prejuízos totais somam R$ 350 mil a quatro bancos.
Em 2007, a Câmara converteu a exoneração de Madson e “Loro” em destituição do cargo. Por lei, eles não podem ser contratados como funcionários públicos de qualquer órgão federal até 2012.
Leiam matéria completa no site Congresso em foco
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

Paz e bem

Anterior

Inércia política

Próximo

Você pode gostar

Comentários